oscilando ao redor de R$ 5,46
O par real/dólar operava sem direção definida na manhã desta quinta-feira (21), alternando perdas e ganhos. No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,46, praticamente estável ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,6 pontos, recuo de 0,4% em relação ao término de quarta-feira. O mercado de divisas repercute a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reajustar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, de -0,50% a.a. para 0,0% a.a., o dobro do sinalizado previamente em sua última reunião. Contribuiu para esta mudança a elevada e persistente pressão inflacionária pela qual passa o continente, com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da área do euro acumulado em 12 meses para junho atingindo 8,6%, recorde na série histórica com início em 1997, enquanto o mesmo indicador no Reino Unido atingiu 9,4% em junho, maior marca desde fevereiro de 1982. Nesta madrugada, a Rússia retomou o fornecimento de gás natural à Alemanha por meio do gasoduto Nord Stream 1 após uma pausa para manutenção de 10 dias. Contudo, relatos preliminares apontam que o volume ofertado foi reduzido a 40% da capacidade máxima, mantendo um temor mais amplo de que Moscou possa usar o suprimento energético como meio de intimidação e retaliação diplomática. Além disso, antes da decisão da autoridade monetária, a renúncia do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, após a ruptura de seu governo de coalizão trouxe instabilidade e aversão ao risco para a zona do euro. Na agenda do dia, o Departamento de Estatísticas do Trabalho atualiza os pedidos semanais de seguro-desemprego, às 09h30min, e a presidenta do BCE, Christine Lagarde, concede entrevista coletiva às 09h45min.
O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre altas e baixas na manhã desta quinta-feira, sendo determinado, principalmente, pela decisão de política monetária na Europa. Nesta manhã, o BCE elevou sua taxa de juros pela primeira vez em onze anos, passando a taxa básica de juros de -0,50% a.a. para 0,00% a.a e prometendo prevenir uma nova crise da dívida no continente. Apesar de ter sinalizado um reajuste de 0,25 p.p. para esta decisão em seu último comunicado, o banco central afirmou, em nota, que “julgou que era apropriado dar um primeiro passo maior na trajetória de normalização monetária” por conta da aceleração de preços acima do esperado e para apoiar seu novo programa de aquisição de ativos.
Os custos do financiamento dos títulos públicos de vários países mais endividados da União Europeia se encontram em ascensão, tendência que se acentuou após a crise política na Itália. O comitê executivo do BCE declarou que iria “garantir a transmissão suave de sua postura de política monetária” através de um novo programa (chamado de Instrumento de Proteção de Transmissão) designado a enfrentar qualquer elevação nos rendimentos de títulos de países individuais para “além do nível justificado por fundamentos econômicos”.
Quanto à trajetória de política monetária, desta vez, o Banco Central Europeu preferiu não sinalizar como antevê sua próxima decisão, afirmando que “a antecipação de hoje da saída dos juros negativos permite que o comitê executivo passe a uma postura de decisões de juros reunião-a-reunião”.
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