Recessão técnica nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário apresentou firme queda pelo segundo pregão seguido, reagindo à divulgação de que o PIB dos Estados Unidos se de -0,9% no segundo trimestre de 2022 em uma taxa anualizada (ou -0,22% em termos trimestrais), frente a uma expectativa mediana de crescimento de 0,5% no período. Este foi o segundo trimestre de retração consecutiva, visto que o PIB se contraiu em 1,6% no primeiro trimestre em uma taxa anualizada (ou -0,4% em termos trimestrais) – dois trimestres seguidos de retração são habitualmente considerados como uma recessão técnica pelos economistas. Embora a ocorrência de uma recessão nos próximos meses ainda seja tema de debate, sua probabilidade seguramente se elevou após o dia de hoje.
Rali por ativos arriscados A divulgação lançou questionamentos sobre a capacidade de o Fed manter o seu plano inicial de um aperto monetário agressivo para combater o rápido processo inflacionário pelo qual passa o país, visto que tal aperto poderia agravar uma desaceleração econômica. Como consequência, a divisa americana se enfraqueceu frente a diversas moedas, assim como as curvas de juros recuaram sensivelmente. Por outro lado, ativos de risco, como índices acionários, commodities e moedas de países emergentes se valorizaram. O real terminou empatado com o iene japonês como a moeda de melhor desempenho na sessão, sendo amparado tanto pela valorização das commodities como pelo anúncio de que a Petrobras pagará um valor recorde em dividendos referentes ao segundo trimestre de 2022.
Persistência inflacionária Em que pese a precificação de juros menores e desafios maiores para o Federal Reserve (e, por extensão, os demais bancos centrais), o desafio da aceleração de preços elevada, persistente e disseminada continua igualmente complexo e problemático para as autoridades econômicas. É possível que uma desaceleração econômica auxilie, em alguma medida, a conter pressões de demanda. Porém, o cenário futuro que parece se desenhar é o de uma estagnação juntamente ao de alta inflação.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 106,3 pontos, recuo de 0,2% em relação ao fechamento de quarta-feira. Moedas pares do real, como o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se valorizaram perante a moeda americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,398 pontos, variação de +0,5% ante à véspera.
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