A taxa de câmbio apresentava tendência de firme alta nas primeiras operações desta segunda-feira (15). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,12, avanço de 0,9% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,2 pontos, variação de +0,6% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a surpresa negativa com dados de indicadores econômicos da China, o que motivou um anúncio inesperado de estímulos monetários pelo Banco Central Chinês (PBoC). O enfraquecimento da segunda maior economia do mundo ampliou os temores de investidores sobre a possibilidade de uma recessão econômica global, e o ambiente de negócios é de pouco apetite por riscos e busca por ativos de segurança. Na agenda do dia, o Banco Central do Brasil divulgou o boletim Focus da semana, às 08h00min, e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de junho, às 09h00min, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, palestra em evento, às 08h00min, e o Ministério da Economia atualiza os dados semanais da balança comercial brasileira, às 15h00min.
Fraqueza econômica na China O dólar negociado no mercado interbancário oscilava em território positivo na manhã desta segunda-feira, reagindo ao ambiente internacional de maior pessimismo e pouco apetite por riscos. A confiança dos investidores foi abalada desde a madrugada, quando a China divulgou uma série de indicadores econômicos abaixo do esperado para o mês de julho, como produção industrial (crescimento de 3,8% frente julho do ano passado, versus estimativa de 4,6%), volume de vendas no varejo (crescimento anual de 2,7%, ante expectativa de 5,0%) e investimentos em ativos fixos (+5,7% em 12 meses, frente estimativa de 6,2%). O enfraquecimento generalizado da economia chinesa foi inesperado, visto que a maior parte dos analistas acreditava que o mês de julho apresentaria recuperação da atividade por ter experimentado restrições muito menores relacionadas à política de tolerância zero contra a Covid-19.
Reação do Banco Central chinês Após a divulgação desses dados, o Banco Central chinês inesperadamente reduziu a taxa de juros em duas linhas de crédito direcionadas ao sistema bancário, uma em operações compromissadas de sete dias (“reverse repos" – recompras reversas), passando de 2,10% para 2,0%, e outra em financiamentos de médio prazo (MLF) de um ano, passando de 2,85% para 2,75%. O movimento se destaca tanto pela preocupação das autoridades do país em revitalizar a economia em desaceleração como pelo direcionamento, visto que quase todos os bancos centrais estão tentando se utilizar de políticas contracionistas a fim de combater uma aceleração de preços elevava e persistente em escala global. Japão e China, com uma inflação comparativamente menor que a média global, estão em sentido contrário.
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