A taxa de câmbio apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta sexta-feira (19). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,20, variação de +0,6% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 108,0 pontos, ganho de 0,5% em relação ao fechamento de quinta-feira. O mercado de divisas opera, mais uma vez, em ambiente de pessimismo e cautela, repercutindo dados econômicos ruins para a Alemanha e para o Reino Unido e buscando avaliar qual será a trajetória de política monetária do Federal Reserve (Fed). A busca por ativos de segurança levou a moeda americana ao seu maior patamar em mais de um mês, movimento reforçado pela defesa enfática de autoridades do Fed por um rígido aperto monetário a fim de conter a aceleração de preços no país, ainda que se corra o risco de estagnar a economia. Na Europa, os ativos do continente se enfraquecem de modo generalizado após a divulgação de que o Índice de Preços ao Produtor (PPI) na Alemanha atingiu, novamente, seu recorde histórico – alta de 37,2% no acumulado em 12 meses em julho – e de que a confiança do consumidor do Reino Unido caiu, novamente, para o menor nível histórico – -44 pontos. Na agenda do dia, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, discursa às 10h00min.
Pressão de custos na Alemanha O dólar negociado no mercado interbancário oscilava em território positivo, acompanhando um ambiente de negócios de busca por ativos de segurança e marcado pessimismo no exterior. A aversão aos riscos foi a tônica da semana, em que os riscos de uma desaceleração econômica global se mostraram mais acentuados, com sinais de queda ampla na demanda na China, inflação crescente no Reino Unidos e, agora, pressão arrebatadora sobre os custos produtivos na Alemanha. O PPI se acelerou em 5,3% na passagem de junho para julho, maior registro na série histórica, e acumula alta de 37,2% em 12 meses, também maior patamar histórico. Os preços de energia dispararam no país e cresceram 105% em relação a julho de 2021, esmagando as margens produtivas das empresas, e a previsão é de que continuem se acelerando rapidamente em função da redução do fornecimento de gás natural pela Rússia ao país.
Baixa confiança no Reino Unido Contribuiu para o pessimismo dos investidores, também, a publicação de que o Índice de Confiança do Consumidor no Reino Unido recuou de -41 pontos em julho para -44 pontos em agosto, a menor marca na série histórica com início em 1974. Todos os subcomponentes da pesquisa apresentaram piora, refletindo a preocupação com os custos de vida crescentes, as perspectivas de piora na atividade econômica e no mercado de trabalho britânico.
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