O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (02). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,20, variação de -0,8% ante à véspera. Já o dollar index era cotado a 109,2 pontos, recuo de 0,5% em relação ao fechamento de quinta-feira. O mercado de divisas deve repercutir a expectativa de desaceleração no mercado de trabalho nos Estados Unidos e preocupações com novos confinamentos impostos pela China, em um contexto maior de temores com uma recessão econômica global. A mediana das estimativas de analistas aponta que os EUA devem ter criado 293 mil novos postos de trabalho no mês de agosto, contra 528 mil em julho, compatível com uma expansão mais lenta do emprego no país. Os investidores se preocupam, também, com a retomada de medidas de restrições parciais em 28 cidades chinesas para tentar conter o número de casos crescentes de Covid-19 no país. Na agenda do dia, o instituto Fipe atualizou seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) para o mês de agosto, às 05h00min, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) de julho, às 09h00min, o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos informou o relatório da situação do emprego de agosto, às 09h30min, e o Departamento do Censo americano divulga os pedidos de bens duráveis de agosto, às 11h00min.
Empregos em expansão nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário operava em firme tendência de baixa na manhã desta sexta-feira, negociado abaixo do patamar psicológico de R$ 5,20. Os investidores avaliam o relatório da situação de emprego de agosto, que revelou que foi criado um saldo positivo de 315 mil novos empregos no mês de agosto, o 20º mês consecutivo de crescimento líquido dos postos de trabalhos nos Estados Unidos. Contudo, a taxa de desemprego inesperadamente subiu, passando de 3,5% em julho para 3,7% em agosto. A leitura mostra que o mercado de trabalho no país ainda se encontra em expansão e afasta as previsões de uma recessão econômica no imediato curto prazo. Teoricamente, isto implica que o Federal Reserve precisaria ser mais contundente em seu aperto monetário a fim de conter a demanda agregada para poder recuperar a estabilidade de preços.
Fraqueza do yuan Na China, a moeda do país caminha para a terceira semana seguida de enfraquecimento perante o dólar à medida que crescem as preocupações com a possibilidade do retorno de rígidos e prolongados confinamentos no país para conter o avanço do coronavírus. As autoridades insistem em manter uma política de tolerância zero mesmo diante da presença da variante ômicron BA.5, que é altamente infecciosa e capaz de adoecer pessoas previamente imunizadas. Assim, dezenas de cidades estão com medidas de restrição parcial ou total à mobilidade, incluindo “lockdowns” para as megacidades de Chengdu e Shenzhen. Somado às leituras fracas de indicadores recentes de atividade econômica, analistas temem cada vez mais uma ampla desaceleração do crescimento chinês.
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