O par real/dólar apresentava tendência de alta nas primeiras operações desta quinta-feira (15). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,19, variação de +0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 109,8 pontos, avanço de 0,1% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas repercute a divulgação de indicadores de atividade econômica para o Brasil e os Estados Unidos nesta quinta-feira, subsidiando os investidores para o contexto das decisões de política monetária em ambos os países. Por aqui, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,17% em julho, acima das previsões de analistas, cuja mediana apontava para alta de 0,30%. Nos EUA, tanto as vendas do varejo de agosto como os pedidos semanais de auxílio-desemprego superaram as estimativas de economistas, reforçando uma leitura de que a economia americana permanece aquecida e de que o Federal Reserve precisará atuar agressivamente a fim de conter a inflação. Na agenda do dia, ainda, o Departamento de Estatística do Trabalho informou os preços de produtos exportados e importados de agosto, às 09h30min, e o Federal Reserve publica a produção industrial de agosto, às 10h15min.
Economia saudável nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de alta na manhã desta quinta-feira, reagindo a dados econômicos positivos nos Estados Unidos. Nesta manhã, os pedidos semanais de seguro-desemprego no país recuaram pela quinta semana consecutiva, de 218 mil para 213 mil. Já as vendas ao varejo subiram 0,3% em agosto, ante expectativa mediana de estabilidade. Tais indicadores sugerem que a economia permanece em expansão moderada apesar do aperto monetário em curso pelo Federal Reserve, o que, por sua vez, pode contribuir para que os preços se mantenham em aceleração.
Apostas de juros maiores Com uma economia ainda em expansão, ganharam força as interpretações de que o Federal Reserve precisará atuar de forma mais agressiva para conseguir conter a inflação no país, sob o risco de vivenciar um longo período de preços altos e disseminados. Juros maiores, por sua vez, podem provocar estagnação econômica e impactos sociais mais deletérios. Se na segunda-feira, antes destes indicadores e de dados de preços ao consumidor, o mercado futuro de juros apostava majoritariamente que os EUA estariam com juros referenciais em uma faixa de 3,75% a 4,00% ao ano em dezembro, hoje a aposta majoritária é de que o ano termine com juros na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano.
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