A taxa de câmbio apresentava tendência de alta nas primeiras operações desta sexta-feira (16). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,26, avanço de 0,4% em relação ao fechamento de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 110,1 pontos, variação de +0,3% ante à véspera. O mercado de divisas deve repercutir mais um dia de pessimismo e cautela exacerbada entre investidores em meio a temores dos efeitos negativos causados por uma recessão econômica, um choque inflacionário e um aperto monetário rígido em escala global. Mais cedo, a área do euro confirmou a leitura de inflação recorde de 9,1% no acumulado em 12 meses para agosto e o Reino Unido informou que as vendas ao varejo despencaram 1,6% em agosto, ante uma expectativa mediana de baixa de 0,5%. A divisa americana atingiu máximas em duas décadas durante a madrugada enquanto a libra esterlina, o iene e o euro se enfraqueciam significativamente perante o dólar. Na agenda do dia, a Universidade de Michigan divulga preliminarmente o índice de confiança do consumidor americano, às 11h00min.
Enfraquecimento da libra O dólar negociado no mercado interbancário operava em firme elevação na manhã desta sexta-feira, refletindo um movimento generalizado de aversão ao risco e busca por ativos de segurança. As perspectivas de uma desaceleração do crescimento econômico global, de uma inflação disseminada e persistente e de apertos monetários agressivos por parte dos bancos centrais estão resultando em uma intensa valorização da divisa americana perante quase todas as demais moedas. Hoje, a libra esterlina atingiu seu menor valor em 37 anos (£1 = $1,135) após as vendas do varejo britânico caírem 1,6% no mês de agosto, além das estimativas de analistas, cuja mediana apontava para queda de 0,5% no período. O dado sugere que a economia do país se encontra debilitada, com preços aos consumidores em aceleração e demanda declinante.
Fortalecimento do dólar Outras moedas, como o iene, o euro e o yuan operavam em patamares enfraquecidos perante o dólar, enquanto investidores aguardam pelas decisões de política monetária da próxima semana do Banco do Japão, do Banco da Inglaterra e, principalmente, do Federal Reserve (Fed). Um desalinhamento importante entre as políticas monetárias dos principais bancos centrais globais, no qual o Fed eleva seus juros sensivelmente acima de seus pares, resulta em um redirecionamento dos fluxos de capitais internacionais para os Estados Unidos e, por consequência, em um fortalecimento histórico do dólar. Além disso, a perspectiva de desaceleração econômica mais intensa na Europa e na Ásia também contribui para a atração de recursos pelos EUA.
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