O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quarta-feira (21). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,13, variação de -0,5% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 110,8 pontos, alta de 0,5% em relação ao fechamento de terça-feira. O mercado de divisas deve operar com volatilidade elevada enquanto aguarda pela decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed), às 15h00min de hoje, seguido da atualização das projeções econômicas dos integrantes do Comitê e da coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell. A maior parte dos analistas prevê uma nova alta de 75 pontos base nos juros americanos, com uma menor parte vendo chance de um aperto de 100 pontos base. Após o fim do expediente, será a vez do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) anunciar sua decisão. No exterior, a busca por ativos de segurança predominava após um duro discurso feito pelo presidente russo, Vladimir Putin, anunciando “referendos” para as áreas ocupadas ucranianas se juntarem formalmente à Rússia, convocando parcialmente tropas de reservistas para participar da guerra e ameaçando o ocidente com o uso de armas nucleares. Na agenda do dia, o BC atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min, e o Banco do Japão comunica sua decisão de política monetária, às 00h00min.
Expectativa pelo Fed O dólar negociado no mercado interbancário oscilava em território negativo na manhã desta quarta-feira, aguardando, principalmente, pela decisões de política monetária nos EUA, seu comunicado, suas projeções para o futuro e a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell. Após uma alta inesperada da inflação de agosto, na última semana, os investidores passaram a projetar uma atuação sensivelmente mais agressiva do Federal Reserve a fim de conter a aceleração de preços, mesmo que a atividade econômica do país seja prejudicada. Por isso, as palavras de Powell e as novas projeções de juros dos integrantes do FOMC são ansiosamente aguardadas pelos operadores de mercado.
Ameaça nuclear russa O dollar index, que pondera o valor da divisa americana frente a seis moedas de economias avançadas, atingiu novo recorde de duas décadas nesta manhã (110,87 pontos), influenciado tanto pela expectativa da alta de juros do Fed como pela decisão de Putin mobilizar suas tropas de reservistas para a guerra contra a Ucrânia. Os ativos europeus se desvalorizavam significativamente após o presidente russo, em discurso à nação nesta manhã, declarar apoio à realização de “referendos” para anexação das quatro regiões conquistadas na Ucrânia (Kherson, Zaporijia, Donetsk e Luhansk), convocar parte dos 300 mil reservistas para atuar na guerra e realizar diversas ameaças de uso de armamento nuclear contra o ocidente. O líder do Kremlin afirmou que as nações do ocidente usaram de “chantagem nuclear” contra a Rússia, fizeram declarações sobre “a possibilidade e a admissibilidade de se usar armas de destruição em massa contra a Rússia – armas nucleares” e disse que “se a integridade territorial do nosso país for ameaçada, nós usaremos todos os meios disponíveis para proteger nosso povo – isto não é um blefe”.
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