Fortalecimento do real Após um pregão de intensa volatilidade, o dólar negociado no mercado interbancário teve queda firme contra o real, impulsionado por um conjunto de fatores domésticos, como o elevado diferencial de juros brasileiro frente a outras economias emergentes e avançadas e uma recente redução dos temores político-fiscais, e de fatores externos, como a entrada de fluxos de recursos ligados à alta dos preços de commodities importantes, como o minério de ferro e o petróleo bruto. Nesse sentido, o comunicado considerado resoluto pela Banco Central, em sua decisão de política monetária de ontem, e a previsão de um superávit do orçamento primário para 2022 pelo Ministério da Economia – o primeiro desde 2013 – contribuíram para o fortalecimento da moeda brasileira.
Sequência de decisões de política monetária Ainda assim, o dollar index, que pondera o valor da divisa americana frente a seis moedas de economias avançadas, passou boa parte das negociações acima dos 111 pontos, maior patamar desde maio de 2002, em função de uma sequência de decisões de autoridades monetárias elevando suas taxas de juros a fim de conter a aceleração de preços em escala global. Esse movimento foi liderado, ontem, pelo Federal Reserve, que reajustou sua taxa referencial de juros em 0,75 p.p. e sinalizou uma alta total de 1,25 p.p. nas próximas duas decisões, e foi acompanhado por um reajuste de 50 pontos base pelo Banco da Inglaterra e pelo Banco da Noruega e por um reajuste de 75 pontos base pelo Banco Nacional da Suíça. O Banco do Japão optou por manter sua taxa de juros em -0,10% a.a., mas realizou uma intervenção no mercado de câmbio local pela primeira vez desde 1998, comprando ienes a fim de conter o que considera uma desvalorização excessiva de sua moeda.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index subiu até uma máxima de 111,80 pontos – maior valor em duas décadas –, mas recuou até terminar o pregão cotado a 111,2 pontos, ganho de 0,5% em relação ao fechamento de quarta-feira. Moedas pares do real, como o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano e o rublo russo também se valorizaram frente à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,463 pontos, variação de -0,1% ante à véspera.
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