O par real/dólar apresentava firme tendência de baixa nas primeiras negociações desta terça-feira (27). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,31, variação de -1,3% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 113,6 pontos, queda de 0,4% em relação ao fechamento de segunda-feira. O mercado de divisas ensaia uma recuperação após um pregão de forte pessimismo e fuga de ativos arriscados, como índices acionários, commodities e moedas de economias emergentes, como o Brasil. Embora o apetite por riscos seja maior que ontem, o ambiente ainda é de cautela moderada, diante das expectativas de juros elevados e desaceleração econômica em escala mundial. No Brasil, analistas aguardam pela compra de US$ 1 bilhão anunciada pelo Banco Central após o fim das negociações de ontem, a fim de conter a desvalorização excessiva do real. Observam, também, a ata da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), bem como a divulgação de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro se contraiu em 0,37%, a segunda deflação consecutiva do indicador. Na agenda do dia, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Charles Evans, discursou às 07h15min, o presidente do Fed, Jerome Powell, palestrou às 08h00min, a presidenta do BCE, Christine Lagarde, discursou às 08h30min, o Departamento do Censo americano informou as encomendas de bens duráveis de agosto, às 09h30min, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, profere discurso às 10h55min, a Receita Federal publica a arrecadação federal de agosto, às 11h00min, o instituto Conference Board informa o índice de confiança do consumidor americano de setembro, às 11h00min, e a presidenta do Fed de San Francisco, Mary Daly, discursa às 21h35min.
Recuperação nos mercados O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta terça-feira, repercutindo fatores de suporte nacionais e externos. No exterior, a divisa americana buscava se acomodar em novo patamar expressivamente fortalecido após a recuperação do apetite por riscos ajudar a estancar dois dias de intensas perdas de moedas como a libra, o euro e o iene japonês. Entretanto, os fundamentos de um ambiente de negócios pessimista permanecem largamente inalterados e favorecendo a manutenção de um dólar superlativo diante de seus pares, a saber, a perspectiva de uma recessão econômica global, a postura agressiva do Federal Reserve em sua política monetária e um apetite reduzido para riscos de investidores.
Fortalecimento do real No Brasil, contribuía para o fortalecimento do real o anúncio de intervenção do Banco Central no mercado de câmbio para esta manhã, com operações conjugadas de compra e venda de dólares até um limite de US$ 1,0 bilhão. A autoridade monetária costuma realizar estas operações em momentos de grande volatilidade, a fim de conter movimentações excessivas e prover liquidez ao mercado de moedas. Além disso, investidores analisam a ata da última decisão do Copom, em que o Comitê afirmou que as opções de manter a taxa básica de juros (Selic) no mesmo nível ou elevá-la em 0,25 p.p. foram “amplamente debatidas”, mas que optou não a reajustar pela “cautela e [pela] necessidade de avaliação, ao longo do tempo, dos impactos acumulados” das altas de juros feita desde o ano passado.
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