Dia de ajustes no real O dólar negociado no mercado interbancário oscilou amplamente entre uma mínima de R$ 5,109 e uma máxima de R$ 5,222 ao longo do dia, até encerrar a sessão muito próximo da estabilidade, cotado a R$ 5,168. O movimento do pregão provavelmente se deve a ajustes de posição e de realização de lucros, em que os investidores se aproveitaram da queda superior a 4% da divisa brasileira na véspera. De uma maneira geral, a avaliação doméstica para ativos brasileiros continua favorável após o resultado do primeiro turno das eleições, em que se definiu um Congresso Nacional mais conservador e configurou uma corrida presidencial mais apertada.
Apetite por riscos elevado no exterior No exterior, o dólar se enfraqueceu de maneira generalizada contra outras moedas após a abertura de novas vagas de trabalho nos Estados Unidos caírem na maior velocidade em dois anos e meio, sugerindo que o mercado de trabalho americano possa estar se desaquecendo. Ainda assim, o número de oportunidades de trabalho disponíveis permaneceu acima de 10 milhões pelo 14º mês seguido. Um mercado de trabalho em desaceleração, em teoria, exigiria um ritmo de aperto monetário menor pelo Federal Reserve a fim de conter a inflação no país. Contribuiu para o maior apetite por ativos arriscados, também, a decisão surpreendente do Banco da Reserva da Austrália (RBA) em elevar seus juros em uma proporção menor que a antecipada, de 25 p.p., ante uma projeção mediana de 50 p.p. Ainda assim, foi o sexto reajuste consecutivo da autoridade monetária, elevando a sua taxa básica de juros de 0,10% a.a., em maio deste ano, para 2,60% a.a., hoje. O RBA decidiu reduzir a velocidade de seu aperto monetário em função dos efeitos negativos da escalada de juros sobre as dívidas dos australianos, gerando expectativas de que os principais bancos centrais – e, em especial, o Federal Reserve –, também serão obrigados moderar seu ritmo de altas de juros a fim de suavizar os impactos deletérios da política monetária sobre a produção, a renda e o consumo.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index recuou e terminou o pregão cotado a 110,1 pontos, queda de 1,4% em relação ao fechamento de segunda-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano e a rúpia indiana também se valorizaram frente à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,322 pontos, variação de +0,2% frente ao término anterior
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