Firmeza no Fed O dólar negociado no mercado interbancário alternou entre perdas e ganhos oito vezes ao longo do dia, em uma sessão volátil até firmar tendência de alta no fim das operações. O movimento local foi reflexo de ganhos generalizados da divisa americana, que, por sua vez, refletem falas públicas de autoridades do Federal Reserve que buscam reforçar a interpretação de que o banco central americano deve manter seu rígido aperto monetário até observar uma redução consistente tanto dos índices gerais de inflação quanto de seus núcleos, independentemente da ocorrência de uma desaceleração econômica no país ou de uma crise de liquidez nos mercados financeiros. “Quero assegurar a vocês que meus colegas e eu estamos decididos a trazer a inflação de volta para 2%. (...) Estamos comprometidos em adotar as medidas adicionais necessárias”, afirmou o membro do Conselho de Governadores do Fed, Philip Jefferson. Já a presidenta do Fed de San Francisco, Mary Daly, declarou que “o caminho é claro: vamos aumentar as taxas para território restritivo, depois mantê-las lá por um tempo. (...) Estamos comprometidos em reduzir a inflação, mantendo o curso até que estejamos bem e realmente tenhamos terminados”. Já a membra do Conselho de Governadores, Lisa Cook, assegurou que a inflação “deve cair, e nós vamos insistir [com o aperto monetário] até que tenhamos sucesso”.
Bom desempenho do real Contudo, o enfraquecimento da moeda brasileiro foi bem abaixo da média, em um sinal de bom desempenho dos ativos brasileiros. Por um lado, ainda há a manutenção de um bom humor entre investidores domésticos diante de pesquisas de intenção de voto que sinalizam uma corrida eleitoral disputada para Presidência da República – a pesquisa presencial Ipec revelou 51% de intenção de votos a Lula, contra 43% a Bolsonaro, enquanto a pesquisa telefônica PoderData indicou 48% para Lula, contra 44% para Bolsonaro. Adicionalmente, o Ibovespa registrou forte alta na esteira da elevação dos preços internacionais do petróleo, impulsionados pelo anúncio de corte das cotas produtivas para novembro dos países membros da OPEP+.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 112,2 pontos, alta de 1,0% em relação ao fechamento de quarta-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se desvalorizaram frente à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 48,680 pontos, variação de -0,7% ante à véspera.
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