A taxa de câmbio apresentava discreta tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (07). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$5,20, variação de -0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 112,0 pontos, recuo de 0,2% em relação ao fechamento de quinta-feira. O mercado de divisas opera em compasso de espera pela publicação do relatório da situação de emprego nos Estados Unidos de setembro, às 09h30min, que revelará a criação líquida de vagas de trabalho no mês anterior e pode sinalizar o vigor atual do mercado de trabalho no país. No passado, a redução da taxa de inflação foi mais rápida quando o crescimento econômico foi baixo e o nível de emprego não se elevava, e, por isso, entende-se que um mercado de trabalho aquecido no momento pode exigir que o Federal Reserve atue de modo mais agressivo para obter sucesso na recuperação da estabilidade de preços. Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou a Pesquisa Mensal de Comércio de agosto, às 09h00min, o Departamento do Censo americano informa os dados do comércio atacadista de agosto, às 11h00min, o presidente do Federal Reserve de New York, John Williams, palestra às 11h00min, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa às 12h00min, e o grupo Caixin e a S&P Global informam o Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços da China às 22h45min.
Mercado de trabalho nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário alternava altos e baixos na manhã desta sexta-feira, repercutindo a leitura mista para o mercado de trabalho nos Estados Unidos em setembro, quando foi criado um saldo de 263 mil novos empregos, ante uma estimativa mediana de 250 mil novos postos de trabalho. Embora o dado seja menor que o de agosto, quando foram gerados 315 mil empregos, a taxa de desemprego caiu de 3,7% para 3,5% em função de uma redução do nível de participação na força de trabalho, que passou de 62,4% em agosto para 62,3% em setembro. Se, de um lado, pode-se interpretar que o mercado de trabalho está enfraquecendo em função da menor geração de vagas de trabalho pelas companhias, por outro a escassez de mão-de-obra parece ter se elevado em função da menor quantidade de trabalhadores disponíveis e da taxa de desemprego mais baixa.
Singularmente focados na inflação Enquanto isso, a moeda americana se fortalece no cenário internacional, impulsionada pelo relatório de emprego de setembro e por repetidas falas de autoridades do Federal Reserve (Fed) de que o banco central estadunidense manterá uma política de taxas de juros restritivas até obter uma redução consistente da inflação, independentemente da ocorrência de uma desaceleração econômica no país ou de uma crise de liquidez nos mercados financeiros. “Quero assegurar a vocês que meus colegas e eu estamos decididos a trazer a inflação de volta para 2%. (...) Estamos comprometidos em adotar as medidas adicionais necessárias”, afirmou o membro do Conselho de Governadores do Fed, Philip Jefferson. Já a presidenta do Fed de San Francisco, Mary Daly, declarou que “o caminho é claro: vamos aumentar as taxas para território restritivo, depois mantê-las lá por um tempo. (...) Estamos comprometidos em reduzir a inflação, mantendo o curso até que estejamos bem e realmente tenhamos terminados”. Já a membra do Conselho de Governadores, Lisa Cook, disse que o aumento antecipado de juros “é apropriado. Embora a redução da inflação vá trazer alguma dor, uma falha em restaurar a estabilidade de preços tornaria muito mais difícil e muito mais doloroso restaurá-la no futuro". O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, declarou que “quase não há evidências” que a inflação já chegou ao seu ponto de inflexão e que o banco central americano “ainda tem um longo caminho” antes de pausar os aumentos de juros. Já a presidenta do Fed de Cleveland, Loretta Mester, assegurou que “nós temos de estar singularmente focados na inflação”.
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