A taxa de câmbio alternava perdas e ganhos nas primeiras operações desta terça-feira (11). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$5,20, variação de +0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 113,0 pontos, recuo de 0,2% em relação ao fechamento de segunda-feira. O mercado de divisas repercutia mais um dia de aversão a ativos arriscados, enquanto investidores aguardavam pelos dados de preços ao consumidor e ao produtos nos Estados Unidos, que serão divulgados na quarta e na quinta-feira. Há grande ansiedade sobre as consequências do rígido aperto monetário dos principais bancos centrais, como a possibilidade de uma recessão econômica global, uma crise de liquidez em mercados financeiros e uma brusca elevação sobre a dívida de países emergentes. No Brasil, investidores também reagem à publicação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se contraiu em 0,29% em setembro, o terceiro mês de deflação consecutiva. Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional de agosto, às 09h00min, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Philadelphia, Patrick Harker, discursa às 12h30min, a presidenta do Fed de Cleveland, Loretta Mester, palestra às 13h00min, o economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane, profere discurso às 15h00min, e o presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, concede palestra às 15h35min.
Ambiente de aversão aos riscos O dólar negociado no mercado interbancário firmou trajetória de elevação na manhã desta terça-feira, refletindo largamente um ambiente de cautela e de busca por ativos segurança no cenário internacional. Preocupações sobre frequentes tensões geopolíticas e sobre a capacidade de resiliência da economia global pesavam sobre o apetite por riscos dos investidores, que, no momento, preferem buscar a segurança do mercado de renda fixa denominado em dólar a fim de proteger seus rendimentos. Contribuía para este ambiente de precaução mais uma intervenção pelo Banco da Inglaterra em seu mercado de títulos governamentais a fim de evitar riscos de uma crise mais profunda de liquidez, o ressurgimento de casos de Covid-19 na China e a divulgação pelos Estados Unidos de medidas de restrição ao comércio de chips e semicondutores com a China, a fim de reduzir o progresso tecnológico do país.
Deflação no Brasil O IPCA recuou pelo terceiro mês consecutivo no Brasil, com uma deflação de -0,29%. Embora a queda tenha sido menos intensa que a registrada em julho (-0,68%) e agosto (-0,36%), ela contribuiu para baixar a alta acumulada no ano para 4,09% e o aumento em 12 meses para 7,17%. O maior responsável pela baixa de preços foi, novamente, o setor de transportes (-1,98%), com diminuição nos custos de gasolina (-8,33%), etanol (-12,43%), óleo diesel (-4,57%) e gás natural veicular (-0,23%). Removendo-se apenas esses produtos, a variação do IPCA em setembro passa para +0,238%. Adicionalmente, os preços de artigos de residência (-0,13%), alimentação e bebidas (-0,51%) e de comunicação (-2,08%) também se reduziram, refletindo a queda nos preços de eletrodomésticos e de acesso à internet. Os demais grupos de mercadorias pesquisados apresentaram alta em setembro, com destaque para vestuário (+1,77%) e despesas pessoais (+0,95%).
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