O par real/dólar apresentava tendência de alta nas primeiras operações desta quinta-feira (13). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$5,33, avanço de 1,0% em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 112,7 pontos, variação de – 0,5% ante à véspera. O mercado de divisas aguarda ansiosamente pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de setembro nos Estados Unidos às 09h30min, dado que deve influenciar a trajetória da taxa de juros americana. Os investidores estão preocupados com a persistência inflacionária no país, que poderia forçar o Federal Reserve a manter um aperto monetário agressivo e provocar, como consequência, uma forte recessão econômica. Ontem, os dados de produtores nos EUA subiram levemente acima das expectativas, enquanto, hoje, os preços aos consumidores na Alemanha atingiram 10% no acumulado anual, indicando que ainda há uma longa distância até a reestabilização de preços pelos bancos centrais. Na agenda do dia, o Departamento do Trabalho americano atualiza os pedidos semanais de seguro-desemprego no país, às 09h30min, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de reuniões do Fundo Monetário Internacional, a partir das 11h15min, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de encontro ministerial do G-20, a partir das 11h30min, e o Departamento Nacional de Estatísticas da China informa o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e ao Produtor (PPI) de setembro, às 22h30min.
Inflação nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário disparava na manhã desta quinta-feira, refletindo mais uma leitura acima do projetado para os preços aos consumidores nos Estados Unidos. A aceleração da inflação no país continua intensa, disseminada e persistente, com aumento de preços em uma ampla gama de categorias de bens e serviços. O CPI subiu 0,4% na passagem de agosto para setembro, acima da estimativa mediana de 0,2%, acumulando alta de 8,2% em 12 meses, ao passo que o núcleo do indicador, que remove as voláteis categorias de alimentação e energia, aumentou em 0,6%, ante estimativa mediana de 0,4%, acumulando alta de 6,6% em 12 meses. Trata-se da maior variação acumulada do núcleo desde agosto de 1982, quando o núcleo do CPI registrava 7,1% em 12 meses.
Mais juros nos EUA? Após a surpresa na leitura do CPI de setembro, os investidores passaram a visualizar um aperto monetário ainda mais vigoroso pelo Federal Reserve em sua busca pela reestabilização de preços. Até ontem, as apostas no mercado futuro de juros dividiam-se entre um reajuste de 0,75 p.p. (majoritárias) e 0,50 p.p. (minoritárias) para a decisão de 02 de novembro, hoje não há mais apostas para 50 pontos base. Adicionalmente, os investidores passaram a apostar em uma taxa terminal 0,25 p.p. mais elevada, de um intervalo entre 4,75% e 5,00% a.a., a ser atingida em fevereiro.
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