O par real/dólar apresentava forte tendência de elevação nas primeiras operações desta quarta-feira (19). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$5,29, ganho de 0,6% em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 113,0 pontos, variação de +0,7% ante à véspera. O mercado de divisas repercute um ambiente de negócios de elevada cautela e de busca por ativos de segurança após dados desta manhã mostrarem que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) em setembro no Reino Unido atingiu o maior patamar em 40 anos, de 10,1% no acumulado em 12 meses, enquanto o CPI na zona do euro foi confirmado como o maior da série histórica com início em 1997, de 9,9% no acumulado em 12 meses. Na agenda do dia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, concede palestra às 09h00min, a Fundação Getúlio Vargas divulga o Monitor do PIB de agosto, às 10h15min, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Minneapolis, Neel Kashkari, discursa às 14h00min, o Banco Central atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min, o Fed publica o livro bege, às 15h00min, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, palestra às 19h30min, e o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, profere discurso às 20h30min.
Inflação recorde no Reino Unido O dólar negociado no mercado interbancário operava em elevação na manhã desta quarta-feira, reagindo a um ambiente de mercado avesso ao risco em função de pressões inflacionárias na Europa. A libra esterlina se enfraquecia substantivamente após a divulgação de que os preços ao consumidor no Reino Unido atingiram seu maior valor em 40 anos, impulsionados tanto por altas nos preços das voláteis categorias de alimentação e energia como no “núcleo” do CPI, que as exclui. O CPI acumulado em 12 meses atingiu 10,1%, ao passo que o núcleo registrou 6,5%. Após o fiasco do plano de estímulos fiscal e uma grave crise de confiança instaurada para o governo da primeira-ministra de Liz Truss, o Banco da Inglaterra já alertou que necessitará atuar de forma muito mais contundente para conter a inflação do que havia estimado em agosto.
Inflação recorde na Europa Na zona do euro, o CPI de setembro foi revisado discretamente para baixo, de 10,0% para 9,9%, porém se mantendo como o maior registro da série histórica iniciada em 1997, ao passo que o núcleo do índice acumulou crescimento de 6,0% em 12 meses, igualmente recordista. o Banco Central Europeu se defronta com uma complexa crise, enfrentando, de um lado, choques de oferta que podem lançar o continente em profunda recessão, enquanto necessita atuar para conter a mais elevada inflação em décadas.
Iene mais fraco em 32 anos Adicionalmente, é importante registrar que a moeda japonesa se encontra em seu patamar mais desvalorizado em 32 anos, logo abaixo de 150 ienes por dólar, após integrantes do banco central japonês afastarem a possibilidade de elevarem as taxas de juros a fim de conter o enfraquecimento de sua moeda, afirmando ser prematuro um deslocamento em direção a um aperto monetário.
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