O par real/dólar apresentava tendência de alta nas primeiras operações desta sexta-feira (21). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$5,25, ganho de 0,6% em relação ao fechamento de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 113,9 pontos, variação de +0,9% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a um ambiente global de elevado pessimismo e busca por ativos de segurança em meio ao tumulto no cenário político britânico, profunda fraqueza do iene japonês e apostas cada vez maiores para os juros americanos. No Brasil, a desvalorização do real era moderada por maior otimismo dos investidores domésticos frente à disputa acirrada para o segundo turno das eleições presidenciais. Na agenda do dia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento, às 10h00min, o presidente do Federal Reserve de New York, John William, discursa às 10h10min, a Comissão Europeia informa a leitura preliminar do índice de confiança do consumidor da zona do euro de outubro, às 11h00min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 16h30min.
Abertura pessimista O dólar negociado no mercado interbancário oscilava fortemente na manhã desta sexta-feira. Na primeira hora de sessão, a tendência era de elevação, e a taxa de câmbio atingiu uma máxima de R$ 5,271, repercutindo um intenso fortalecimento do dólar no ambiente internacional em função da desvalorizações perceptíveis do iene japonês e da libra esterlina. A moeda japonesa quebrou a barreira simbólica de 151 ienes por dólar após a inflação ao consumidor atingir a maior marca em oito anos, aprofundando o dilema o banco central nipônico em manter sua política monetária ultra expansionista. No Reino Unido, a sequência de tumultos políticos que culminaram na renúncia da primeira-ministra Liz Truss e em mais uma sucessão de premiês neste semestre contribuem para o enfraquecimento de sua moeda.
Moderação pelo Fed? Contudo, após reportagem do jornal The Wall Street Journal afirmar que as autoridades do Federal Reserve declarar que o banco central estadunidense está debatendo como comunicar aos investidores o desejo de elevar a taxa de juros básica em 0,75 p.p. em novembro e “um reajuste de menor magnitude em dezembro”, os mercados financeiros globais realizaram uma brusca reversão de tendência, com queda intensa nos juros futuros, elevação do apetite por riscos e desmonte de posições defensivas.
Acirramento da disputa eleitoral No Brasil, contribui para o bom desempenho do real o resultado recente de pesquisas de intenção de voto que mostram uma corrida eleitoral competitiva. A pesquisa Datafolha, que saiu nesta quarta, mostra Lula com 49% das intenções de voto pela terceira vez seguida, enquanto Bolsonaro avança de 44 para 45%. Assim, os candidatos se encontram em empate técnico no limiar da margem de erro, o que implica a possibilidade de reeleição do atual presidente e, por sua vez, amplia a confiança dos investidores.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.