O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta terça-feira (25). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$5,32, variação de +0,4% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 112,0 pontos, praticamente inalterado em relação ao fechamento de segunda. O mercado de divisas repercute um ambiente de mercado cauteloso, influenciado pela temporada de balanços das empresas de capital aberto, as incertezas sobre as prioridades da nova liderança chinesa e os desdobramentos da prisão do presidente de honra do PTB Roberto Jefferson. Adicionalmente, analistas avaliam a divulgação de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) se elevou em 0,16% em outubro, após dois meses de deflação. Na agenda do dia, a Receita Federal comunica a arrecadação federal de setembro, às 10h30min, o instituto Conference Board divulga o índice de confiança do consumidor americano de outubro, às 11h00min, o Federal Reserve de Richmond apresenta o seu índice de manufatura de outubro, às 11h00min, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento virtual, às 17h00min.
Pessimismo no Brasil O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta terça-feira, refletindo uma combinação de fatores externos e internos mais avessos ao risco. No cenário doméstico, investidores ainda buscam avaliar quais podem ser as repercussões da tumultuada prisão de Roberto Jefferson, ex-deputado federal, presidente de honra do PTB e aliado do presidente Jair Bolsonaro, sobre a corrida eleitoral no segundo turno. Jefferson inicialmente resistiu à prisão, recebendo a Polícia Federal a tiros de grosso calibre e granadas de efeito moral, ferindo dois agentes. A maior parte das leituras acredita que o episódio prejudicará a recuperação que vinha se desenhando para Bolsonaro e consolidando definitivamente o resultado de domingo a favor de Luiz Inácio Lula da Silva, hipótese a ser confirmada com a divulgação das pesquisas presenciais de intenção de voto de quarta (Quest) e quinta (Datafolha).
Ambiente misto no exterior No ambiente externo, o clima era de cautela moderada, relacionada, principalmente, à posse da nova liderança política na China. O yuan se aproximou de mínimas de 15 anos, ao passo que os índices acionários de Shanghai e Hong Kong estenderam expressivas perdas em meio a interpretações de que o terceiro mandato de Xi Jinping como presidente da China será fortemente intervencionista e baseado em suas preferências ideológicas, penalizando o potencial de crescimento econômico do país. Por outro lado, dados do mercado imobiliário nos Estados Unidos evidenciaram que o aperto monetário pelo Federal Reserve já impactou este setor, que é altamente sensível a taxa de juros, e reforçou leituras de que uma moderação (“Fed pivot”) seria possível em dezembro.
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