A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quarta-feira (26). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$5,30, recuo de 0,4% em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 110,3 pontos, variação de -0,6% ante à véspera. O mercado de divisas repercute o ambiente internacional de otimismo e apetite por riscos, em meio a especulações de que o Federal Reserve possa moderar o seu ritmo de aperto monetário a fim de evitar uma desaceleração econômica excessivamente pronunciada. A divulgação de balanços corporativos, em geral, dentro do esperado, também tem auxiliado a manter o bom humor dos investidores. No Brasil, o clima é de cautela moderada em meio às incertezas sobre o cenário político. Hoje, pesquisa de intenção de votos Quaest mostrou um quadro de estabilidade entre os candidatos à Presidência da República, em que Luiz Inácio Lula da Silva possui 48% das intenções de votos contra 42% de Jair Bolsonaro. Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou o Índice de Preços ao Produtor (IPP), às 09h00min, o Ministério do Trabalho e Previdência anuncia os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, às 09h30min, o Banco Central do Canadá anuncia sua decisão de política monetária, às 11h00min, o Departamento do Censo informa as vendas de novas residências de setembro, a Secretaria do Tesouro Nacional publica o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal de setembro às 14h30min, o Banco Central (BC) atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min, e o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anuncia sua decisão de política monetária, às 18h30min.
Fed pivot? O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos na manhã desta quarta-feira, reagindo a um ambiente misto de mercados. No exterior, o euro recuperou sua paridade frente ao dólar pela primeira vez em um mês em meio a expectativas de investidores de que o Federal Reserve possa moderar seu ritmo de aperto monetário (“Fed pivot”) justamente às vésperas da decisão de juros do Banco Central Europeu. Apesar da aceleração inflacionária se manter elevada, persistente e disseminada tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, a divulgação, ontem, de dados econômicos americanos aquém do estimado reforçou especulações iniciadas na sexta-feira de que o Fed possa estar preocupado em desaquecer a economia estadunidense além do necessário em sua busca pela reestabilização de preços. Contudo, esta visão não é consensual entre analistas.
Cautela no Brasil A nova pesquisa eleitoral Genial/Quaest, divulgada hoje, mostrou um quadro de estabilidade, com o ex-presidente Lula crescendo um ponto percentual nas intenções de voto desde a semana passada, e o candidato Jair Bolsonaro manteve-se estável nesse período. Os dados da pesquisa provocaram certo pessimismo nos investidores, que estavam respondendo de forma positiva à tendência de recuperação do atual presidente nas últimas semanas. Essa estabilidade de Bolsonaro mostra que a repercussão da prisão tumultuada de Roberto Jefferson, presidente de honra do PTB e seu aliado, entre os agentes pode não ter sido tão grande quanto se imaginava. Esses fatores, somados à decisão do Copom, após o fechamento do mercado, inspiram maior cautela no posicionamento dos agentes.
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