A taxa de câmbio apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta sexta-feira (28). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$5,35, alta de 1,0% em relação ao fechamento de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 110,7 pontos, variação de +0,1% ante à véspera. O mercado de divisas repercutia um ambiente de precaução e cautela às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, mesmo diante de acenos do candidato Luiz Inácio Lula da Silva aos mercados financeiros na tentativa de tranquilizá-los. No exterior, o ambiente era de aversão moderada aos riscos após a divulgação de dados inflacionários nos Estados Unidos e na Europa reforçarem a interpretação de que o aperto monetário realizado pelas economias avançadas ainda não surtiu efeito sobre a aceleração de preços. Na agenda do dia, a Fundação Getúlio Vargas informou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de outubro, às 08h00min, o Departamento de Estatísticas do Trabalho anunciou o Índice de Custos do Emprego do terceiro trimestre, às 09h30min, a Universidade de Michigan divulga a prévia do Índice de Confiança do Consumidor americano, às 11h00min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 16h30min.
Ansiedade no Brasil O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta sexta-feira, refletindo o ambiente de apreensão e cautela entre investidores por conta do último dia de operações antes do segundo turno das eleições presidenciais. Nesta quinta-feira (27), o ex-presidente Lula fez acenos aos mercados ao divulgar uma carta na qual se compromete realizar uma política fiscal responsável “com regras claras e realistas”. O petista, no entanto, não especificou como se daria sua política econômica, o que contribuiu para que não conquistasse totalmente a confiança dos operadores. Nesta sexta, ocorre o debate eleitoral final, encarado como a última oportunidade para ambas as campanhas conquistarem os eleitores indecisos que ainda restam e buscar consolidar a sua vitória
Pressão inflacionária no exterior Nos Estados Unidos, o Índice de Preços de Despesa de Consumo Pessoal (PCE), métrica mais utilizada pelo Federal Reserve para acompanhar preços ao consumidores, registrou aumento de 5,1% no acumulado em 12 meses em outubro no núcleo do indicador, que exclui as voláteis categorias de alimentação e energia. Embora o número esteja em linha com o projetado por analistas, ele ainda representa uma aceleração em nível elevado. Na Europa, a prévia do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de outubro da Alemanha e da Itália superaram as projeções de economistas, registrando alta de 10,4% em 12 meses ante expectativa de 10,1%, na Alemanha, e de 11,9% em 12 meses ante expectativa de 9,6%, na Itália. A crise energética pela qual passa o continente provoca, a um só tempo, uma desaceleração econômica significativa e uma forte pressão sobre os preços, desafiando os governos desses países sobre como equilibrar este complexo desafio.
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