A taxa de câmbio apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta quarta-feira (16). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,34, ganho de 0,7% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,0 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a expectativa pela apresentação do texto final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) debatida pela equipe de transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Nas últimas semanas, debateu-se a possibilidade de retirar o programa Bolsa Família do teto de gastos e o financiá-lo como despesa extraordinária, porém não havia consenso sobre o prazo dessa medida. No exterior, o apetite por riscos se mantinha elevado em meio a divulgações de indicadores econômicos dos Estados Unidos que fortalecem as interpretações de que o Federal Reserve irá moderar seu aperto monetário. Na agenda do dia, o Departamento do Censo americano informou as vendas ao varejo de outubro do país, às 09h30min, o Federal Reserve comunica a produção industrial de outubro dos Estados Unidos, às 10h15min, o presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, discursa às 11h15min, a presidenta do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, palestra às 12h00min, e o Banco Central atualiza o fluxo cambial semana, às 14h30min.
Texto final da PEC O dólar negociado no mercado interbancário oscilava em território positivo na manhã desta quarta-feira, refletindo as incertezas quanto aos fundamentos fiscais do próximo governo, bem como quem assumirá o Ministério da Fazenda. Foi prometida para hoje (16) a divulgação do texto final da PEC da Transição e o mercado mantém-se apreensivo na sua espera, tendo em foco a discussão sobre a remoção do programa Bolsa Família do limite Constitucional de Despesas, o valor deste financiamento extraordinário e seu prazo. Membros da equipe de transição de Lula já mencionaram a possibilidade de uma exceção apenas em 2023, pelos quatro anos do mandato de Lula e de forma permanente. As preocupações se dão em razão do temor de uma inflação maior impulsionada por uma eventual expansão fiscal.
Expectativa por um Fed moderado No exterior, o ambiente de negócios era de otimismo e apetite por riscos, refletindo a maior expectativa de analistas de que exista margem para o Federal Reserve moderar seu ritmo de aperto monetário deste ponto em diante. Ontem, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) de outubro apresentou aceleração abaixo da mediana das estimativas feitas por economistas, assim como ocorreram com os preços ao consumidor do mesmo mês. Embora o dado de um único mês seja prematuro para apontar uma tendência de queda das taxas inflacionárias, a surpresa bastou para impulsionar o entusiasmo dos agentes. De fato, vários integrantes do banco central americano já declararam que em breve será necessário revisar o ritmo de ajustes à taxa de juros do país, porém alertam para o fato de que ainda será preciso aumentá-la significativamente até atingir um nível suficientemente restritivo. Adicionalmente, os indicadores econômicos não são uníssonos em apontar uma economia no caminho da desinflação. Nesta manhã, por exemplo, as vendas ao varejo estadunidense aumentaram 1,3% na passagem de setembro para outubro, contra uma estimativa de 1,0% no período, sugerindo que a demanda interna permanece aquecida e que pode dificultar uma queda mais rápida dos índices de preços
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