A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (18). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,34, recuo de 1,2% em relação ao fechamento de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,4 pontos, variação de -0,2% ante à véspera. O mercado de divisas repercute o aceno aos mercados feito pelo vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição, Geraldo Alckmin, que buscou esclarecer que o próximo governo terá responsabilidade fiscal e discutirá um novo arcabouço para as regras fiscais, mas que precisava solucionar o Orçamento de 2023 com urgência. Na agenda do dia, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, discursa às 10h00min, a presidenta do Federal Reserve (Fed) de Boston, Susan Collins, palestra às 10h40min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 16h30min.
Promessa de responsabilidade O dólar negociado no mercado interbancário operava em sensível queda na manhã desta sexta-feira, refletindo os acenos feitos pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, de que o próximo governo buscará reequilibrar as receitas e despesas. Em resposta a jornalistas sobre a reação de investidores à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e o elevado volume de despesas além do teto de gastos, Alckmin classificou-a como um estresse “momentâneo” e afirmou que “haverá superávit primário, haverá redução da dívida, mas isso não se faz em 24 horas. Isso se faz com o tempo”. Segundo o futuro vice-presidente, “É bom deixar claro que o [próximo] governo do presidente Lula tem compromisso com a responsabilidade fiscal. Isso não pode ser argumento para não atender o social”, mas que a prioridade, agora, era aprovar a PEC. “Temos 30 dias para aprovar uma PEC, cada coisa ao seu tempo. Neste momento, o emergencial, que é PEC e LOA [Lei Orçamentária Anual]. (...) Um novo arcabouço fiscal vai ser discutido. Mas cada coisa a seu tempo. Nós temos uma coisa emergencial para resolver”.
Cautela no exterior O cenário internacional nesta manhã é marcado por um clima de cautela moderada, com novas expectativas quanto à trajetória da taxa de juros do Federal Reserve e receios com a economia chinesa, afetada pela nova onda de Covid-19. Nos Estados Unidos, ontem, o presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, defendeu o aumento da taxa de juros para o intervalo entre 5% e 5,25% a fim de conter a inflação no país. A autarquia monetária já havia sinalizado anteriormente que reduzirá o ritmo de seu aperto monetário, mas apontando que suas metas para a taxa de juros serão mais altas que o anteriormente sinalizado. Na China, a cidade de Guangzhou passa por um surto de Covid-19 e a possibilidade de maiores restrições no país e instruções contraditórias por parte das autoridades causam desconfiança nos investidores e menor apetite pela economia por ativos chineses. Assim, se configura uma situação de menor preferência por ativos de risco no contexto global e fortalecimento do dólar.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.