A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quinta-feira (24). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,32, variação de -0,9% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 105,9 pontos, queda de 0,2% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas deve apresentar volume reduzido de operações por conta do feriado de Dia de Ação de Graças, nos Estados Unidos, e jogo da seleção brasileira pela Copa do Mundo de Futebol, durante à tarde. O par real/dólar reflete um enfraquecimento da moeda americana no exterior, bem como a divulgação do índice IPCA-15, com a aceleração de 0,53% para o mês de novembro. Adicionalmente, há a expectativa de que o texto final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição seja delineado ao longo do fim de semana e apresentado na próxima segunda-feira. Na agenda do dia, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, discursa às 08h15min, e o BCE divulga a ata de sua última decisão de política monetária, às 09h30min.
Ata do Fed O dólar negociado no mercado interbancário apresentava forte baixa na manhã desta quinta-feira, refletindo um mercado de baixo volume e de exterior positivo. O fortalecimento do real nesta manhã é, em parte, reflexo de uma pronunciada desvalorização da moeda americana durante a madrugada, após a divulgação da ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve mostrar que há uma clara preferência pelos seus integrantes por um aperto monetário mais moderado deste ponto em diante.
Aumento do IPCA-15 Adicionalmente, o Instituto Nacional Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) foi para 0.53% no mês de novembro, contra 0,16% no mês anterior e com alta de 6,27% em 12 meses. Os setores com os maiores aumentos foram os de Vestuário, com aumento de 1,48%, e de Saúde e cuidados pessoais, que subiu 0,91%. O índice conhecido como prévia da inflação oficial veio pouco abaixo do esperado no momento que o Banco Central vem mantém estável a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% a.a., de modo que se mantém vigilante ao avanço do nível de preços. O esperado é que a inflação trace uma trajetória de desaquecimento progressivo até a meta, porém, caso tal comportamento não seja observado, a autoridade pode vir a aumentar a taxa Selic.
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