A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta segunda-feira (28). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,38, variação de -0,4% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 105,6 pontos, recuo de 0,3% em relação ao fechamento de sexta-feira. O mercado de divisas reflete a expectativa de avanço nas negociações da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva com o Congresso Nacional, com a ida de Lula para Brasília para esta finalidade. No exterior, o ambiente é de precaução e cautela, em função da ocorrência de raros protestos na China contra a política de tolerância zero contra a Covid-19. Na agenda do dia, o Banco Central atualizou o boletim Focus da semana, às 08h30min, e as estatísticas monetárias e de crédito de outubro, às 09h30min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 17h30min.
Negociações da PEC O dólar negociado no mercado interbancário operava em baixa na manhã desta segunda-feira, em uma sessão que deve ter volume reduzido no horário de jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol. O real se fortalecia diante de expectativas de que a ida do presidente-eleito Lula à Brasília, nesta semana, contribua para o atingimento de um consenso quanto à PEC da Transição no Congresso Nacional. Lula se reúne, hoje, com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Enfrentando forte resistência dos parlamentares, os investidores esperam que o texto final seja reduzido em relação à minuta original, tanto nos valores dos gastos autorizados além do limite constitucional de despesas quanto no prazo de duração da emenda. Porém, enquanto o texto final não é levado ao Plenário, prevalece um ambiente de cautela.
Protestos contra a zero-Covid Neste fim de semana, centenas de pessoas protestaram contra as draconianas medidas de tolerância zero contra a Covid-19 em ao menos dez cidades chinesas, incluindo Xangai, Pequim, Chengdu e Wuhan. As manifestações tomaram corpo após um incêndio em um prédio em Urumqi, capital de Xinjiang, resultar na morte de dez pessoas. Segundo postagens de redes sociais, o prédio estaria com as saídas impedidas por grades em função de medidas forçosas de restrição à mobilidade, o que, supostamente, teria contribuído com as fatalidades. Há significativa incerteza sobre a reação das autoridades, que podem desejar reprimir as contestações ao regime, porém que também podem se sentir pressionadas a conceder relaxamentos em sua gestão da doença a fim de reduzir as insatisfações. O ambiente de negócios no exterior é de aversão ao risco e de busca por ativos de segurança.
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