O par real/dólar oscilava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta quinta-feira (01). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,20, praticamente estável ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 105,5 pontos, recuo de 0,5% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas repercute o crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2023, abaixo da mediana das estimativas de analistas, que apontava para alta de 0,7% no período. No exterior, o ambiente é de amplo apetite por ativos arriscados, refletindo as sinalizações de Jerome Powell de que o Federal Reserve deve moderar o ritmo de seu aperto monetário deste ponto em diante. Na agenda do dia, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos atualiza os pedidos semanais de auxílio-desemprego, às 10h30min, o Departamento de Estatísticas do Trabalho informa o Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de novembro, às 10h30min, a presidenta do Fed de Dallas, Lorie Logan, discursa às 11h25min, a membra do Conselho de Governadores do Fed, Michelle Bowman, palestra às 11h30min, o instituto ISM publica o Índice Gerente de Compras (PMI) industrial americano, às 12h00min, o Banco Central atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min, e o Ministério da Economia informa a balança comercial de novembro, às 15h00min.
PIB do 3º tri O dólar negociado no mercado interbancário oscilava ao redor de sua marca de fechamento na manhã desta quinta-feira, repercutindo um crescimento abaixo do esperado para o PIB brasileiro. O indicador aumentou em 0,4% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, acumulando alta de 3,6% frente ao mesmo período do ano passado. No trimestre, pela ótica da Oferta, os serviços cresceram em 1,1% e a indústria aumentou em 0,8%, enquanto agropecuária recuou 0,9%. Já pela ótica da Demanda, os destaques foram a expansão do consumo das famílias (+1,0%), gastos do governo (+1,3%) e formação bruta de capital fixo (+2,8%). Nas contas externas, as importações se expandiram mais que as exportações, representando uma queda de demanda agregada (+5,8% contra +3,6%, respectivamente).
Tramitação da PEC Ontem, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO) aprovou o texto preliminar do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2023, autorizando o relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a adaptar o Orçamento após eventual aprovação da Proposta de Emenda à Constituição da Transição (PEC 32/2022). A medida é um primeiro passo burocrático para avançar o texto da PEC e economizar tramitações antes de sua votação em Plenário de ambas as casas.
Moderação do Fed No exterior, o apetite global por riscos era elevado após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmar que o banco central americano diminuirá o ritmo de elevações nas taxas de juros “tão logo quanto dezembro” e cujo nível final devem ser “um pouco maior” que as projeções de setembro indicavam, de 4,6% ao ano. Em sua fala, o dirigente do banco central americano sinalizou que o Fed seria mais moderado em sua postura, a qual havia sido a mais agressiva desde a década de 80. A ação da autoridade monetária já era esperada pelos agentes e, apesar de Powell argumentar que a trajetória da inflação ainda é incerta e que ainda será preciso mais evidências para acreditar que o avanço do nível de preços tenha sido controlado, defendeu em sua declaração que amenizar o aperto monetário é uma boa solução para equilibrar os riscos para a economia.
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