Alívio dos riscos fiscais O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a quarta-feira em queda de mais de 1%, refletindo a redução nas percepções de riscos fiscais relacionados ao futuro governo Lula. Para obter aprovação da PEC junto à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, na tarde de ontem, a equipe de transição optou por reduzir a validade da emenda constitucional de quatro para dois anos, ampliar o teto de gastos, ao invés de autorizar despesas acima do limite constitucional, e comprometer-se em propor um novo regime fiscal sustentável em um prazo de até seis meses. Além disso, reduziu-se o valor proposto para o financiamento do programa Bolsa Família, de R$ 175 bilhões para R$ 145 bilhões. Hoje, o texto seguiu para análise em Plenário do Senado, onde se encontrava em apreciação ao final do pregão. Serão necessários dois turnos de votações, com votos de mais de 60% dos senadores, a fim de aprovar a PEC e encaminhá-la à Câmara dos Deputados.
Nomeação de ministérios Contribuiu para o maior otimismo dos investidores, também, o anúncio de que o presidente eleito pretende começar a anunciar seus futuros ministros na próxima terça (13), após sua diplomação pela Justiça Eleitoral, na segunda (12). Analistas políticos aguardam por uma nomeação numerosa, que envolva as principais pastas e que reflita uma ampla base de apoio parlamentar, a fim de se garantir maior “governabilidade”.
Manutenção da Selic Por fim, é importante ressaltar que o Copom decidiu, após o término das negociações, manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% a.a., mencionando que o Comitê segue vigilante para avaliar se a trajetória da inflação segue convergindo para a meta da instituição e que “acompanhará com especial atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e, em particular, seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva”.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 105,2 pontos, variação de -0,4% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,171 pontos, aumento de 0,5% em frente ao término de terça-feira.
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