No retorno do Natal, a moeda americana é negociada em alta moderada de 0,35% cotada a R$ 5,185. A alta pode ser um reflexo dos receios com uma transferência de poder turbulenta no Distrito Federal, após a prisão de um suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília no sábado (24). Além das preocupações com a segurança da cerimônia de posse do presidente-eleito Luiz Inácio Lula da Silva no dia 1º de janeiro, o mercado aguarda o anúncio dos últimos nomes que integrarão a equipe ministerial do próximo governo.
Antes da abertura do mercado doméstico, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice de Confiança ao Consumidor (ICC) para o mês de dezembro, apontando para uma alta de 2,7 pontos depois de recuar por dois meses consecutivos. O indicador atingiu 88 pontos este mês, encerrando o ano de 2022 próximo dos níveis que registrava antes da pandemia.
Ainda entre os indicadores econômicos desta segunda-feira, o Banco Central divulgou o Boletim Focus às 8h30, que contabilizou leves ajustes nas expectativas para a inflação depois da divulgação do IPCA-15 pelo IBGE na última sexta-feira (23). A mediana das apostas dos economistas para o IPCA ao final de 2022 passou de 5,76% na semana passada para 5,64%, com redução na variação projetada para dezembro de +0,60% para +0,48%.
A agenda de indicadores para a economia americana está vazia, devido ao feriado de Natal que foi transferido para hoje. As bolsas do país também se encontram fechadas, deixando as operações no Brasil sem o referencial externo. Na última sexta-feira, o dollar index encerrou o dia cotado a 104,0 pontos, em baixa diária de 0,1% e de 0,3% na semana.
Na Ásia, a maior parte dos índices acionários inicia a semana em recuperação após a fala do presidente do Banco do Japão (BoJ) em evento nesta segunda-feira, indicando que a política monetária do país deve continuar significativamente acomodatícia. Apesar da inflação historicamente elevada no país, o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, declarou que a recente ampliação dos juros perseguidos pela autoridade monetária, de 0,0% a.a. para um intervalo de 0,50 ponto percentual para baixo e para cima, “definitivamente não foi um passo em direção à uma saída [de uma política monetária expansionista]”.
A sinalização de que a autoridade monetária japonesa deve continuar a sendo a única a não impor uma política de contração monetária para controlar a elevação de preços no país favorece o apetite por riscos na região. Vale lembrar que, na sexta-feira (23), os mercados asiáticos fecharam em forte queda, com os investidores repercutindo a divulgação do Departamento de Estatísticas do Japão, que revelou que o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acumulado em 12 meses avançou em novembro para seus maiores patamares em mais de 40 anos.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de dezembro, que, após recuar por dois meses consecutivos, reportou variação positiva de 2,7 pontos ante o mês anterior e de 10,4 pontos em relação ao indicador do mesmo período em 2021. Composto pelo acompanhamento da percepção dos consumidores sobre a situação corrente, através do Índice de Situação Atual (ISA), e de suas perspectivas para o futuro, pelo Índice de Expectativas (IE), o indicador deste mês avançou para 88 pontos, número abaixo do patamar considerado neutro (100 pontos), o que sinaliza que ainda há certo pessimismo por parte dos consumidores brasileiros.
Contudo, apesar dessa lacuna, o saldo do ano foi positivo, com recuperação das perdas observadas desde 2020. Vale ressaltar a alta dos quesitos que avaliam a situação financeira das famílias e o grau de otimismo com a situação econômica geral, que reportaram avanços de 12,5 e 4,5 pontos, respectivamente. No último mês de 2022, o ISA manteve-se estável, assim, a confiança dos consumidores foi alavancada por expectativas mais otimistas quanto ao futuro, medidas pelo IE, que aumentou 4,3 pontos, para 100,3 pontos, atingindo níveis pré-pandemia.
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