O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quinta-feira (05). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,39, recuo de 1,1% em relação ao fechamento de quarta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,2 pontos, praticamente estável ante à véspera. O mercado de divisas apresenta forte correção técnica após três dias de sensível fortalecimento do real, aproveitando-se de acenos recentes pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva aos investidores de que não haverá mudanças em relação a reformas aprovadas em governos passados nem desvinculação da política de preços da Petrobras frente a cotação internacional. No exterior, após uma ata do Federal Reserve (Fed) mais rígida que o antecipado, a expectativa é pela atualização semanal das solicitações de auxílio-desemprego, às 11h00min, e pelo relatório da situação de emprego de dezembro, amanhã. Na agenda do dia, O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística anunciou a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física de novembro, às 09h30min, o instituto ADP publica a pesquisa de criação de empregos privados nos Estados Unidos em dezembro, às 10h15min, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, discursa às 11h20min, o Banco Central informa o Relatório de Poupança de dezembro, às 15h00min, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, palestra às 15h20min, e a presidenta do Fed de Kansas City, Esther George, profere discurso às 15h20min.
Correção técnica O dólar negociado no mercado interbancário operava em sensível queda na manhã desta quinta-feira, em um movimento de correção técnica após três dias de forte alta. Os agentes se aproveitam de movimentos conciliadores por parte do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que negou que haja propostas para revisão da reforma da Previdência ou trabalhista em análise e declarou que qualquer projeto legislativo precisará ter o seu aval e o de Lula. Adicionalmente, o indicado à presidência executiva da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que não será realizado uma alteração na política de preços de preços da estatal, isto é, será mantida a vinculação ao valor internacional do petróleo, porém que há uma intenção de se ampliar a fatia produzida domesticamente para fins competitivos.
Otimismo no exterior No exterior, os investidores repercutem a postura mais dura que o esperado do Federal Reserve, que realçou a ameaça inflacionária e a necessidade de aumentos sequenciais de juros em sua ata divulgada ontem, relativa às reuniões ocorridas nos dias 13 e 14 de dezembro. Apesar de as autoridades do Fed não acreditarem que possa haver corte de juros em 2023 e reforçarem a resiliência do mercado de trabalho como fator responsável por sustentar a inflação durante o ano, os agentes têm operado com otimismo nesta manhã, aproveitando para realizar. Adicionalmente, o Departamento de Trabalho (DOL) dos EUA divulgou o relatório de pedidos de auxílio-desemprego realizados durante a última semana no país, mostrando 204.000 novos pedidos, montante menor que o esperado, o que ressalta o maior vigor observado pelo mercado de trabalho americano, que continua aquecido mesmo após sucessivos aumentos da taxa de juros pelo Federal Reserve em 2022.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.