O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta sexta-feira (13). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,12, alta de 0,4% em relação ao fechamento de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,5 pontos, variação de +0,3%¨ante à véspera. Em dia de agenda esvaziada, o mercado de divisas repercute a divulgação do pacote de medidas econômicas pelo governo federal com o objetivo de realizar um ajuste fiscal nas contas públicas e zerar o déficit público primário, atualmente orçado em R$ 231,5 bilhões para 2023. Na agenda do dia, o Banco Central divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de novembro de 2022, às 09h00min, o presidente do Federal Reserve de Philadelphia, Patrick Harker, discursa às 09h30min, a Universidade de Michigan informa o Índice de Confiança dos consumidores americanos de janeiro, às 12h00min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 17h30min.
O pacote de ajustes fiscais O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta sexta-feira, em que agentes aproveitam para realizar lucros após três pregões seguidos de queda. Investidores repercutem as medidas apresentadas pela área econômica do governo federal que foca na redução do déficit primário, através de um pacote de ajustes fiscais para diminuir o gasto público e aumentar a arrecadação. A maior parte das ações está focadas em ampliar a receita, com impacto estimado de R$ 193 bilhões. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o conjunto de medidas pode ter um impacto de até R$ 242 bilhões, o suficiente para transformar a previsão de déficit primário de R$ 231,5 bilhões em 2023 em um superávit de R$ 11,13 bilhões. No entanto, o ministro apontou que, em função do hiato de tempo necessário até as medidas entrarem e efeito, a diminuição do déficit deste ano para um valor entre 0,5% e 1% do PIB é uma meta mais realista. Algumas das medidas apresentadas para aumentar a receita são a reoneração de PIS/Cofins sobre combustíveis e empresas, o aproveitamento de crédito do ICMS e o programa de renegociação de dívidas Litígio Zero, o qual o ministro negou se tratar de um novo Refis (Programa de Recuperação Fiscal).
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