Fechamento de Câmbio

Dólar encerra quinta em alta, cotado a R$ 5,274
 
Leonel Oliveira Mattos
Alan Lima
Vitor Andrioli
Câmbio repercute rumores sobre revisão das metas de inflação
O par real/dólar subiu significativamente nesta quinta-feira (09), encerrando a sessão negociado a R$ 5,274, variação de +1,5% ante à véspera. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 103,2 pontos, recuo de 0,2% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas repercutiu negativamente a reportagem da Bloomberg de que a equipe econômica do governo estuda elevar as metas de inflação no país como uma forma de aliviar as tensões entre o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, e o Banco Central (BC), e que, supostamente, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, seria a favor dessa revisão. Enquanto isso, a sucessão de ataques à autoridade monetária prosseguiu, desta vez por lideranças parlamentares.
Variações | No dia: +1,48% | Na semana: +2,49% | No mês: +3,89% | No ano: -0,12% | Em 12 meses: -0,65% |

Revisão da meta O dólar negociado no mercado interbancário subiu bruscamente nesta quinta-feira, refletindo temores por parte dos investidores de que o Banco Central possa ceder à barragem de ataques pelo governo federal e revisar sua meta de inflação. Tradicionalmente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) discute a definição das metas de inflação em sua reunião de junho – o Conselho se reúne mensalmente, e já foram deliberadas as metas para os anos de 2023 (3,25%), 2024 (3,00%) e 2025 (3,00%). Contudo, segundo reportagem da Bloomberg baseada em duas fontes anônimas do Planalto, a equipe econômica do governo estuda revisar antecipadamente estas metas como uma forma de aliviar as tensões entre Lula e o BC, e que, supostamente, Campos Neto seria a favor de uma meta mais alta. A mera possibilidade da revisão ampliou os receios de que a política monetária do país será contaminada por questões políticas, e a aversão aos ativos brasileiros ampliou sensivelmente.

Ampliação dos ataques Enquanto isso, os públicos do governo federal ao Banco Central prosseguem. Após uma sequência de críticas feitas pelo presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, nas últimas semanas, à independência da autarquia, ao patamar da taxa básica de juros (Selic) e às metas atuais de inflação, a base aliada no Congresso começa a ressoar as mesmas censuras. O líder do PSD no Senado, senador Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que pretende convidar Campos Neto para “debater a questão dos juros” na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado após o carnaval. Luciano Bivar, presidente do União Brasil, por sua vez, declarou que “é natural que a Câmara, o governo, através de suas lideranças, ouça o Campos Neto sobre juros”. Já o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), defendeu a convocação do presidente do BC ao Congresso para “explicar o inexplicável, que é este patamar de juros”. Por fim, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou erroneamente que Campos Neto declarou voto em Bolsonaro e que ele “não demonstrou a sua autonomia, sua independência política, por esses fatos. Quando o banco tem a decisão de manter as taxas nos níveis atuais, joga contra o Brasil”.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 103,2 pontos, recuo de 0,2% em relação ao fechamento de quarta-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano e a rúpia indiana se valorizaram diante da divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,586 pontos, variação de -0,3% ante à véspera.

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