Economia aquecida nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário fechou a sessão desta quarta-feira em alta, acompanhando o amplo fortalecimento da moeda americana após as vendas do varejo nos Estados Unidos crescerem em 3,0% no mês de janeiro, acima da mediana das estimativas, que apontava crescimento de 1,7% no período. O primeiro mês do ano trouxe uma sequência de indicadores mais robustos que o esperado, como a criação de novos empregos, a expansão do Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços e, especialmente, o aumento mensal do Índice de Preços ao Consumidor (CPI). Tal cenário amplia os receios de investidores de que a aceleração de preços no país se mantenha persistente e resiliente em função da demanda elevada, o que exigiria, por sua vez, à continuidade do ciclo de altas de juros pelo Federal Reserve.
Falas tranquilizadoras Apesar da força global da moeda americana, falas de autoridades brasileiras contribuíram para conter as perdas do real brasileiro. Pela manhã, o ministro da Fazenda afirmou que antecipará a apresentação de um novo marco fiscal para o Congresso Nacional, para então discuti-la com a sociedade e recuperar a credibilidade fiscal do governo. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou que não há “nenhuma possibilidade” de alterar a independência do Banco Central no Legislativo, tranquilizando momentaneamente os investidores. Contudo, enquanto permanecer um discurso dissonante, em que o presidente da República e líderes da base aliada criticam seguidamente o Banco Central e outros, em especial Haddad e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, oferecem ramos de oliveiras e falas mais amenas, o mercado de ativos sofre com volatilidade, dúvida e incerteza sobre os reais objetivos do governo federal e quanto à possibilidade de interferência política na gestão dos instrumentos monetários.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 103,9 pontos, variação de +0,6% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano, o rublo russo também se desvalorizaram diante da divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,552 pontos, recuo de 0,2% frente ao término de terça-feira
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