Fechamento de Câmbio

Câmbio fecha quinta em alta, cotado a R$ 5,204
 
Leonel Oliveira Mattos
Alan Lima
Vitor Andrioli
Dólar reflete temores de interferência na Petrobras e de juros globais mais elevados
A taxa de câmbio se manteve em elevação durante toda esta quinta-feira (02), encerrando a sessão negociada a R$ 5,204, variação de +0,2% ante à véspera. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 105,0 pontos, alta de 0,6% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas repercutiu temores de interferências do Palácio do Planalto na gestão da Petrobrás, com notícias sobre um possível abandono da Política de Paridade Internacional (PPI) de preços da estatal e uma proposta feita no apagar das luzes pelo Conselho de Administração da empresa para provisionar dividendos considerados excessivos, que será avaliada em Assembleia Geral de Acionistas. No exterior, contribuiu para o enfraquecimento do real receios de que a inflação global será mais persistente que o antecipado, resultando em taxas de juros mais elevadas pelos principais bancos centrais globais.
Variações | No dia: +0,25% | Na semana: +0,11% | No mês: -0,41% | No ano: -1,43% | Em 12 meses: -6,65% |

Fim da paridade internacional O dólar negociado no mercado interbancário subiu nesta quinta-feira, refletindo fatores internos e externos de pressão sobre as operações. Logo cedo, as negociações abriram em alta em meio a reportagens de que o Executivo deseja modificar a política de Paridade de Preços de Importações (PPI) da petroleira, em vigor desde 2016. Vale lembrar que essa política foi adotada como forma de proteger a lucratividade da estatal após a interferência do governo Dilma Roussef sobre sua política de preços resultar em dois anos consecutivos de prejuízos, a saber, 2015 e 2016. No final do dia, o presidente da empresa, o ex-senador Jean Paul Prates (PT-CE), confirmou que haverá uma “alteração” na regra da PPI, afirmou que o PPI é uma abstração, declarou que “não vamos ficar distantes da referência internacional”, e disse que a “política de preços [da Petrobras] é do governo”. Investidores receiam o histórico recente do governo federal, em geral, e do presidente da República, em particular, de buscar interferir na gestão dos instrumentos de Política Econômica baseado em motivações políticas, que podem se mostrar voláteis e imprevisíveis, além de ineficientes.

Pressão inflacionária global No exterior, a moeda americana se fortaleceu em meio a temores de que a inflação ao consumidor esteja se tornando disseminada e persistente, o que exigirá, por sua vez, a continuidade de um aperto monetário rígido pelos bancos centrais globais. A tendência se estabeleceu desde cedo, com a divulgação de que o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da área do euro atingiu novo recorde em fevereiro, acumulando alta de 5,6% em 12 meses. Adicionalmente, a ata da decisão de política monetária do Banco Central Europeu de 02 de fevereiro demonstrou uma preocupação com “a inflação [que] está muito alta” e deve permanecer assim “por um período prolongado”. A ata reforçou que novas altas de juros são “possíveis” depois de um novo aumento em março, dependendo dos dados recebidos.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 105,0 pontos, alta de 0,6% em relação ao fechamento de quarta-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano e o rublo russo também se desvalorizaram perante a divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,406 pontos, praticamente estável ante à véspera.

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