Fim da paridade internacional O dólar negociado no mercado interbancário subiu nesta quinta-feira, refletindo fatores internos e externos de pressão sobre as operações. Logo cedo, as negociações abriram em alta em meio a reportagens de que o Executivo deseja modificar a política de Paridade de Preços de Importações (PPI) da petroleira, em vigor desde 2016. Vale lembrar que essa política foi adotada como forma de proteger a lucratividade da estatal após a interferência do governo Dilma Roussef sobre sua política de preços resultar em dois anos consecutivos de prejuízos, a saber, 2015 e 2016. No final do dia, o presidente da empresa, o ex-senador Jean Paul Prates (PT-CE), confirmou que haverá uma “alteração” na regra da PPI, afirmou que o PPI é uma abstração, declarou que “não vamos ficar distantes da referência internacional”, e disse que a “política de preços [da Petrobras] é do governo”. Investidores receiam o histórico recente do governo federal, em geral, e do presidente da República, em particular, de buscar interferir na gestão dos instrumentos de Política Econômica baseado em motivações políticas, que podem se mostrar voláteis e imprevisíveis, além de ineficientes.
Pressão inflacionária global No exterior, a moeda americana se fortaleceu em meio a temores de que a inflação ao consumidor esteja se tornando disseminada e persistente, o que exigirá, por sua vez, a continuidade de um aperto monetário rígido pelos bancos centrais globais. A tendência se estabeleceu desde cedo, com a divulgação de que o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da área do euro atingiu novo recorde em fevereiro, acumulando alta de 5,6% em 12 meses. Adicionalmente, a ata da decisão de política monetária do Banco Central Europeu de 02 de fevereiro demonstrou uma preocupação com “a inflação [que] está muito alta” e deve permanecer assim “por um período prolongado”. A ata reforçou que novas altas de juros são “possíveis” depois de um novo aumento em março, dependendo dos dados recebidos.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 105,0 pontos, alta de 0,6% em relação ao fechamento de quarta-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano e o rublo russo também se desvalorizaram perante a divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,406 pontos, praticamente estável ante à véspera.
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