A taxa de câmbio alternava perdas e ganhos nas primeiras operações desta segunda-feira (20). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,27, praticamente estável ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,4 pontos, recuo de 0,4% em relação ao fechamento de sexta-feira. O mercado de divisas repercute o ambiente de incerteza e temores quanto a uma crise financeira global, na esteira da aquisição do Credit Suisse pelo UBS durante o fim de semana por 3 bilhões de francos suíços, transação intermediada pelas autoridades econômicas locais. Adicionalmente, agentes do mercado financeiro observam a ação coordenada pelos principais bancos centrais globais para garantir liquidez em operações em dólares, anunciada ontem. No Brasil, investidores aguardam por notícias do novo arcabouço fiscal que, segundo a agência de notícias Reuters, deve ser anunciado ainda esta semana. Na agenda do dia, o Banco Central informou o Boletim Focus da semana, às 08h30min, a presidenta do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, palestra às 11h00min e às 13h00min, e a Secretaria de Comércio Exterior atualiza a balança comercial semanal, às 15h00min.
Resgate ao Credit Suisse Após abrir as operações oscilando ao redor da marca de fechamento da véspera, o dólar negociado no mercado interbancário engatou tendência de queda na manhã desta segunda-feira, refletindo um ambiente de volatilidade e incerteza no panorama econômica global, em que investidores buscam avaliar o grau de risco de uma crise bancária mais profunda em escala mundial. Durante o fim de semana, os reguladores do mercado de ativos suíços coordenaram a operação, na qual o banco UBS concordou em adquirir o rival Credit Suisse por CHF 3 bilhões e assumir até CHF 5 bilhões em perdas do novo banco. Mesmo assim, investidores ainda parecem não estarem totalmente confiantes de que os riscos de uma crise mais grave foram afastados, e as ações do banco UBS abriram o dia em perdas de quase 10%, enquanto as do Credit Suisse despencaram em mais de 50%.
Garantia de liquidez global Os bancos centrais de Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Inglaterra, Japão e Suíça anunciaram a criação de uma linha de swaps cambiais para reforçar a oferta de dólares às maiores economias globais e garantir a liquidez necessária em eventuais momentos de estresse, até o final de abril. A medida é, no momento, mais simbólica e busca demonstrar que as autoridades monetárias estão atentas aos riscos de contágio caso algum banco venha a enfrentar dificuldades.
Arcabouço Fiscal No Brasil, os investidores estão atentos a discussão do novo arcabouço fiscal após a primeira reunião entre a equipe econômica e o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, na última sexta-feira (17). Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discute o tema com a Junta Orçamentária, que inclui os ministros da Casa Civil, Rui Costa, do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, bem como diversos secretários. Segundo a agência de notícias Reuters, Lula deseja anunciar publicamente a proposta antes de sua viagem à China, nesta sexta (24).
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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