O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quinta-feira (30). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,08, recuo de 1,1% em relação ao fechamento de quarta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,7 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a expectativa por um dia repleto de informações importantes de política econômica nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, às 09h00min, e, às 10h30min, concede entrevista coletiva para o anúncio do novo arcabouço fiscal do governo. De acordo com diversas reportagens, o texto deve prever que as despesas públicas não poderão crescer mais do que 70% da variação da receita, e ainda terão um limite máximo de expansão anual. Já As 11h00min, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, concederá entrevista coletiva para discutir inflação e política monetária após a publicação, às 08h00min, do Relatório Trimestral de Inflação de março. Na agenda do dia, O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) de janeiro, às 09h30min, o Departamento do Trabalho americano informou os pedidos semanais de auxílio-desemprego, às 09h30min, o Departamento do Censo dos Estados Unidos divulgou o dado final do Produto Interno Bruto do quarto trimestre do país, às 09h30min, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Richmond, Tom Barkin, e a presidenta do Fed de Boston, Susan Collins, discursam às 13h45min, e a Secretaria do Tesouro Nacional publica o resultado primário do Governo Central de fevereiro, às 14h30min.
Divulgação do novo arcabouço O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda de mais de 1% na manhã desta quinta-feira, refletindo o otimismo e a expectativa de investidores com o novo arcabouço fiscal do governo, cujo anúncio está agendado para as 10h30min. De acordo com os deputados Mauro Benevides (PDT-CE) e Reginaldo Lopes (PT-MG), as novas regras para o regime fiscal do Estado vão estabelecer que as despesas do governo federal só poderão aumentar em valor equivalente a 70% ao do crescimento das receitas. Caso o governo não cumpra a meta de resultado fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ele só poderá aumentar suas despesas em 50% da receita no ano seguinte, e, se descumprir de novo, somente 30% no ano posterior. Adicionalmente, essa regra será combinada com o objetivo de se atingir um superávit primário de 0% em 2024, 0,5% em 2025 e 1,0% em 2026. Como se trata de uma lei complementar, sem capacidade de mudar a Constituição, os gastos com saúde e educação possuem receitas (impostos) vinculados e terão crescimento de 100% do incremento da arrecadação. “Por isso, as demais despesas terão que crescer menos de 70% para compensar”, explicou Benevides.
Relatório Trimestral de Inflação Ao mesmo tempo, o Banco Central divulgou seu Relatório Trimestral de Inflação, publicação que analisa detalhadamente as variáveis macroeconômicas mais relevantes para a trajetória dos preços no país. Nela, o BC alertou que a possibilidade do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ultrapassar a margem máxima de tolerância (4,75%) da meta da instituição em 2023 é de 83%. Segundo a estimativa do Banco, o IPCA deve desacelerar até 3,8% em junho deste ano, reacelerar até 6,0% em setembro e encerrar 2023 com uma alta acumulada de 5,8%. Por outro lado, a autoridade monetária elevou suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2023, de 1,0%, na estimativa de dezembro, para 1,2%, na conta mais recente.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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