Abertura de Câmbio

Câmbio abre a quarta em queda, cotado ao redor de R$ 5,06
 
Leonel Oliveira Mattos
Leonardo Rossetti
Vitor Andrioli
Dólar reflete expectativa por falas de Campos Neto e dados para serviços nos EUA

O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quarta-feira (05). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,06, recuo de 0,5% em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,6 pontos, praticamente estável ante à véspera. O mercado de divisas deve repercutir a participação do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em eventos às 09h00min e às 12h00min desta quarta-feira, um dia após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarar que o relacionamento entre o BC e a Fazenda vive um cenário desafiador e que ainda estão sendo criadas as condições para a “harmonia” entre as partes. No exterior, investidores devem se atentar para a divulgação pelo instituto ISM do Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços nos Estados Unidos de março, às 11h00min, à medida que buscam calibrar suas apostas para a trajetória dos juros no país. Na agenda do dia, o instituto ADP estimou a criação de empregos privados nos Estados Unidos em março, às 09h15min, o Departamento de Estatísticas Econômicas americano informa a balança comercial de fevereiro, às 09h30min, a S&P Global divulga o PMI de serviços de março para o Brasil, às 10h00min, e o BC atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min.

Dados econômicos nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário operava em leve queda na manhã desta quarta-feira, enquanto investidores aguardam a divulgação de dados importantes para o setor de serviços nos EUA. Na última segunda (03), o Instituto de Gestão de Oferta (ISM) divulgou o PMI industrial para março nos Estados Unidos, o qual atingiu a marca de 46,3 pontos, número abaixo da mediana das estimativas – numa escala em que valores inferiores a 50 pontos indicam retração do setor – e o menor patamar reportado para a atividade da indústria desde maio de 2020. Após a amenização de temores relativos a uma crise bancária, os operadores de mercado passaram a diminuir suas apostas em cortes da taxa de juros pelo Federal Reserve, com sua atenção voltada para dados do setor de serviços e de emprego nos Estados Unidos. Nesta quarta, será publicado o PMI de serviços no país, e o consenso é de que a indicador marcará 54 pontos, valor que indica expansão do setor mesmo após mais de um ano do início do ciclo de alta da autoridade monetária. Assim, a expansão do mercado de trabalho acaba por impulsionar o avanço inflacionário devido à forte correlação entre ao salários pagos e o ritmo de consumo de serviços pelas famílias. Nesse contexto de alto patamar do nível de preços, os agentes aguardam também a divulgação do Relatório de Situação de Emprego do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, a fim de calibrar as apostas para a trajetória da inflação pela análise da dinâmica do mercado de trabalho no país.

Atritos entre Executivo e BC No Brasil, investidores acompanham duas palestras do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com foco na condução da política monetária do país em um contexto de elevada divergência com a equipe econômica do Palácio do Planalto. Ontem, em falas durante um evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou que a pasta mantém o diálogo junto ao BC em um “cenário desafiador” da autonomia da instituição, pois, argumentou, “é a primeira vez que o ministro da Fazenda se depara com uma situação nova, em que ele tem que construir uma relação de confiança e de parceria para concorrer para os mesmos objetivos”. Segunda Haddad, ainda estão sendo criadas as “condições para que essa harmonia se estabeleça, de uma vez por todas”. Desde janeiro, o Executivo, especialmente o presidente Lula, tem sido altamente crítico da gestão do nível da taxa básica de juros (Selic) e das metas de inflação, que, por sua vez, elevaram a percepção de riscos aos ativos brasileiros e geraram temores de interferências políticas na gestão da autarquia.
 

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS

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Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.
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