Fechamento de Câmbio

Dólar encerra quarta em baixa, cotado a R$ 5,050
 
Leonel Oliveira Mattos
Alan Lima
Vitor Andrioli
Câmbio reflete declarações de Campos Neto e dados econômicos nos EUA

O par real/dólar oscilou em território negativo ao longo de toda esta quarta-feira (05), encerrando a sessão negociado a R$ 5,050, recuo de 0,6% em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 101,9 pontos, variação de +0,3% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu comentários do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que buscou demonstrar maior harmonia entre a autarquia e a equipe econômica do Palácio do Planalto ao mesmo tempo em que defendeu a necessidade de um aperto monetário. Contribuiu para o fortalecimento do real, também, a divulgação de dados econômicos abaixo do esperado para os Estados Unidos, aumentando as apostas de que o Federal Reserve deve interromper seu ciclo de alta de juros.

Variações | No dia: -0,65% | Na semana: -0,39% | No mês: -0,39% | No ano: -4,35% | Em 12 meses: -8,77% |

Comentários de Campos Neto O dólar negociado no mercado interbancário terminou o pregão desta quarta-feira em queda, refletindo comentários do presidente do Banco Central tidos como mais amistosos ao governo. Em dois eventos públicos nesta manhã, Campos Neto declarou que a instituição procura suavizar o ciclo de juros “o máximo possível”, de forma a minimizar o impacto sobre a atividade econômica. Adicionalmente, Campos Neto reconheceu o comprometimento da equipe econômica do governo em ajustar as contas públicas e estabelecer novas regras claras e consistentes. “Eu acho que o que foi anunciado até agora elimina o risco de cauda para aqueles que achavam que a dívida poderia ter uma trajetória mais explosiva”, afirmou.

Autonomia e credibilidade Porém, para que as taxas de juros possam efetivamente cumprir seu papel de coibir a inflação, é preciso que a autoridade monetária possua credibilidade. É por essa razão que o BC possui autonomia, para separar as decisões de política monetária do ciclo político e elevar sua credibilidade. Porém, alertou Campos Neto, “a tentativa de politizar um processo que é totalmente técnico”, como a decisão do Comitê de Política Monetária, contamina esta confiança e reduz a eficiência que o aperto monetário possui sobre as expectativas monetárias, na prática tornando os juros mais elevados por um tempo mais longo. “O canal de expectativas é uma forma de trazer uma promessa que você faz a médio e longo prazo para ter ganho a valor presente. Isso só acontece quando o canal das expectativas funciona bem. Qualquer ruído sobre a possibilidade de execução do que foi anunciado faz com que esse canal fique mais entupido. (...) Diminuir o ruído é importante”.

Desaceleração nos EUA Contribuiu para o fortalecimento do real, também, a divulgação de dados econômicos abaixo do esperado para os Estados Unidos, em especial o Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços, calculado pelo instituto ISM, que recuou de 55,1 pontos em fevereiro para 51,2 pontos em março. Embora tenha se mantido acima dos 50 pontos (marca que representa expansão), o valor foi significativamente abaixo da mediana das expectativas, de 54,4 pontos. A recente sequência de dados econômicos americanos abaixo do esperado aumentou as interpretações de que o país pode sofrer uma recessão no curto prazo e, por consequência, o Federal Reserve deva interromper seu ciclo de alta de juros. Tal cenário é favorável aos fluxos financeiros brasileiros, pois mantém o diferencial de juros entre os países elevado e atrativos para investidores que buscam estratégias de “carrego”.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 101,9 pontos, variação de +0,3% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano e o rublo russo se desvalorizaram perante a divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,520 pontos, recuo de 0,2% frente ao término de terça-feira.

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