O par real/dólar recuou significativamente pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira (12), encerrando a sessão negociado a R$ 4,941, baixa de 1,3% em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 101,6 pontos, variação de -0,6% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu a publicação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de março nos Estados Unidos, que moderou mais que o estimado em seu índice geral e elevou as expectativas de que o ciclo de alta de juros do Federal Reserve possa estar chegando ao seu fim. Contudo, o núcleo do indicador, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia, se manteve em aceleração conforme o antecipado por especialistas.
Moderação inflacionária nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário fechou em queda expressiva pela segunda sessão consecutiva, encerrando o dia em R$ 4,9408, menor valor de término desde 09 de junho de 2022 (R$ 4,9166). Os operadores refletiram o ambiente de negócios de franco otimismo após o CPI de março crescer apenas 0,1% no mês, ante expectativa mediana de 0,3%. Desta forma, a alta acumulada em 12 meses recuou de 6,0% em fevereiro para 5,0% em março, menor aumento acumulado desde junho de 2021. Por outro lado, o núcleo do CPI, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia, se manteve em aceleração conforme esperado, crescendo 0,4% no mês de março e passando de uma alta acumulada de 5,5% para 5,6% no valor anual. Se a leitura dos dados inflacionários foi decididamente mista, a reação dos mercados de ativos foi a de que houve clara moderação na aceleração de preços e de que o Federal Reserve deve interromper em breve seu ciclo de alta de juros – senão em 03 de maio, então em 14 de junho. Consequentemente, o apetite por riscos se elevou, valorizando ativos como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real.
Fluxo cambial positivo Contribuiu para o fortalecimento do real no dia, também, a divulgação de que o fluxo cambial na primeira semana de abril foi positivo em US$ 2,553 bilhões, acumulando entradas líquidas de US$ 15,077 bilhões em 2023. Contudo, ao detalhar-se o movimento de câmbio, é possível ver que a vasta maioria do fluxo vem da conta comercial, com superávit de US$ 14,003 bilhões entre janeiro e abril, ao passo que a conta financeira possui superávit de apenas US$ 1,073 bilhões no mesmo período.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 101,6 pontos, variação de -0,6% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano e a rúpia indiana também se valorizaram perante a divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,584 pontos, alta de 0,3% frente ao término de terça-feira.
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