A taxa de câmbio recuou pelo terceiro dia consecutivo, encerrando a sessão desta quinta-feira (13) negociada a R$ 4,928, variação de -0,3% ante à véspera. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 101,0 pontos, recuo de 0,5% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas repercutiu a percepção de que o ciclo de alta de juros no Federal Reserve está próximo do seu término após novos dados econômicos para os EUA sugerirem uma moderação inflacionária no mês de março. Contribuiu para o fortalecimento do real, também, a divulgação de dados para a balança comercial chinesa melhores que o antecipado, elevando o apetite por risco dos investidores internacionais.
Moderação inflacionária nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário recuou pela terceira sessão consecutiva, refletindo o recuo de 0,5% do Índice de Preços ao Produtor (PPI) para os Estados Unidos em março, significativamente abaixo da mediana das estimativas, que apontava para estabilidade (0%), ao passo que o núcleo do indicador também moderou além do esperado, variando -0,1% no mês ante estimativa mediana de +0,3%. Com tal leitura, a alta acumulada em 12 meses passou de 4,6% em fevereiro para 2,7% em março, no índice geral, e de 4,4% para 3,4%, no núcleo da métrica. O recuo nos preços aos produtores se somou à moderação na aceleração dos preços aos consumidores, divulgada ontem, e reforçou a interpretação de que o Federal Reserve deve interromper em breve seu ciclo de alta de juros – senão em 03 de maio, então em 14 de junho. Adicionalmente, o número semanal de solicitações de auxílio-desemprego no país se elevou de 228 mil na semana passada para 239 mil nesta semana, em um indício de que o mercado de trabalho americano possa estar começando a se enfraquecer. Consequentemente, o apetite por riscos se elevou, valorizando ativos como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real.
Exportações chinesas Contribuiu para o fortalecimento do real a expansão inesperada das exportações chinesas em março, que cresceram 14,8% em relação ao mesmo período no ano passado, ao passo que a mediana das estimativas previa contração de 7,0%. A leitura rompeu uma sequência de 5 meses de quedas consecutivas, promoveu um forte apetite por riscos e, por sua vez, contribui para a valorização de moedas de países exportadores de produtos primários, como o real.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 101,0 pontos, recuo de 0,5% em relação ao fechamento de quarta-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano e a rúpia indiana também se valorizaram perante a divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,890 pontos, variação de +0,3% ante à véspera.
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