O par real/dólar apresentava suave tendência de baixa nas primeiras operações desta quarta-feira (26). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,05, variação de -0,3% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,4 pontos, recuo de 0,5% em relação ao término de terça-feira. O mercado de divisas repercute o crescimento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo –15 (IPCA-15) de 0,57% em abril, levemente abaixo da mediana das estimativas, que apontava para aumento de 0,61% no período. Assim, a alta acumulada em 12 meses do indicador se reduziu de 5,36% em março para 4,16% em abril, menor valor desde outubro de 2020, quando foi de 3,52%. Na agenda do dia, o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, discursou às 09h00min, o Banco Central divulgou as estatísticas de política monetária e de crédito de março, às 09h30min, e atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min, o Departamento do Censo americano relatou os pedidos de bens duráveis de março, às 09h30min, e informa os pedidos da indústria, às 11h00min, e a Secretaria do Tesouro informa o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal de março, às 14h30min.
Moderação do IPCA-15 em abril O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos na manhã desta após o IBGE divulgar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação. Após a alta de 0,69% observada em março, o indicador apresentou um aumento de 0,57% em abril, o menor avanço para o mês em três anos. O IPCA-15 deste mês surpreendeu os investidores por vir ligeiramente abaixo da mediana das estimativas, que era de 0,61%. Em abril, dos grupos de produtos e serviços estudados pelo IBGE, os transportes tiveram o maior avanço de preços (1,44%) – puxado pela alta de 3,47% observada para a gasolina – e também o maior impacto no índice (0,29 p.p.). Apesar das críticas feitos por membros do governo, o presidente do Banco Central do Brasil afirmou ontem, em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, que ainda levará tempo para que seja possível cortar a taxa de juros em razão da resistência do núcleo da inflação, isto é, os preços mais voláteis, como os relativos a alimentação e energia. Adicionalmente, o dirigente da autarquia afirmou que “existem mais componentes de demanda na inflação do que oferta” e que as expectativas de inflação não apresentavam melhora o suficiente para justificar um corte na Selic neste momento. Em suas falas, Campos buscou defender o caráter técnico das decisões de política monetária adotados pelo Banco Central e afastar aspectos políticos da atuação do órgão. Porém, aparentemente, esta defesa não sensibilizou os parlamentares governistas, que pressionaram a autoridade por uma redução imediata das taxas de juros e buscaram atacar a imparcialidade e a objetividade de Campos Neto. Já os senadores da oposição, por sua vez, elogiaram e prestaram solidariedade ao presidente do BC.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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