A taxa de câmbio alternava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta terça-feira. No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,00, recuo de 0,3% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,7 pontos, variação de +0,3% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a publicação da ata da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que adota um tom mais favorável ao Palácio do Planalto ao ser mais otimista com a trajetória da inflação e com os possíveis efeitos benéficos do arcabouço fiscal. Os investidores continuam avaliando, também, a indicação de Gabriel Galípolo para a diretoria de Política Monetária da autarquia como forma de ampliar a influência da equipe econômica do governo dentro do BC. Na agenda do dia, o membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve (Fed), Philip Jefferson, palestra, às 09h30min, e o presidente do Fed de New York, John Williams, discursa às 13h05min,
Ata do Copom Após abrir a sessão em baixa, o dólar negociado no mercado interbancário apresentava suave tendência de elevação na manhã desta terça-feira, refletindo a divulgação da ata da última decisão do Copom com um tom um pouco mais suave que as anteriores. No documento, a autarquia afirma que espera uma “queda relevante da inflação acumulada em 12 meses ao longo deste segundo trimestre”, porém que ele deve voltar a se elevar no segundo semestre por conta da reintrodução de tributos aos combustíveis. “Tal comportamento não reflete a dinâmica inflacionária subjacente e nem altera a visão sobre as perspectivas futuras”. Adicionalmente, o Copom declara que “a apresentação do arcabouço fiscal reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública”, embora enfatize que “não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal”.
Galípolo no BC Contribui para o enfraquecimento do real, também, uma reação majoritariamente negativa de investidores ao anúncio de que o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, indicou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a diretoria de Política Monetária do Banco Central. A indicação do “número dois” de Fernando Haddad no ministério foi interpretada pelos agentes de mercado como uma tentativa velada de interferência do Palácio do Planalto na gestão da autarquia. O Banco Central tem sido alvo constante de críticas por parte do Executivo e de parlamentares da base governista, que acusam a autoridade monetária de ser excessivamente austera e até de fazer oposição à Administração de Lula, o que tem sido constantemente refutado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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