Após uma manhã de poucos movimentos, a taxa de câmbio subiu expressivamente na tarde desta terça-feira (16), encerrando a sessão negociado a R$ 4,942, variação de +1,1% ante à véspera. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 102,6 pontos, avanço de 0,2% em relação ao fechamento de segunda-feira. O mercado de divisas repercutiu o fortalecimento global da moeda americana, em meio a temores quanto a um possível calote da dívida americana e dados de vendas do varejo que sugerem a estabilidade da demanda dos consumidores no país. Adicionalmente, contribuiu para o enfraquecimento do real a divulgação de dados econômicos abaixo do esperado para a economia chinesa, que, por sua vez, prejudicou o desempenho de commodities e de moedas de países exportadores de produtos primários.
Variações | No dia: 1,08% | Na semana: 0,40% | No mês: -0,94% | No ano: -6,40% | Em 12 meses: -2,15% |
Teto da dívida americana O dólar negociado no mercado interbancário encerrou a sessão desta terça-feira em alta de mais de 1%, refletindo o fortalecimento generalizado da divisa americana no exterior. Nas últimas semanas, o ambiente de negócios internacional tem sido de cautela e apreensão com as negociações entre Democratas e Republicanos nos Estados Unidos a respeito de uma suspensão ou extensão do limite de endividamento público no país para se evitar um calote inédito dos títulos do Tesouro e, consequentemente, uma grave crise financeira mundial. O presidente estadunidense, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, se reuniram nesta terça-feira e adotaram um tom otimista ao final da reunião, porém reconheceram que ainda há muito a ser feito até a provável data de esgotamento dos recursos do Tesouro, 01 de junho.
Desaceleração econômica chinesa Contribuiu para o ambiente mais pessimista e de menor apetite por riscos, também, a divulgação, durante a noite de ontem, de que a produção industrial e as vendas do varejo na China em abril ficaram abaixo das projeções de especialistas, reforçando a interpretação de que a atividade econômica no país está perdendo impulso e, por consequência, de que a demanda por commodities ao longo do ano deve ser menor que a anteriormente antecipada. Desta forma, os dados prejudicaram o desempenho de ativos arriscados na sessão, como ações, commodities e moedas de países emergentes, tal como o real.
Política de preços da Petrobras Por fim, contribuiu para o enfraquecimento do real, também, a divulgação de que a Petrobras alterou sua política de preços, deixando de se basear exclusivamente na paridade de importação e ponderando, também, custos locais e regionais da gasolina e do diesel. Analistas criticaram a nova política por ser pouco transparente e excessivamente confusa, pois não tem periodicidade definida nem está claro qual será o peso de cada componente na estratégia comercial a ser adotada no futuro. Embora a empresa afirme que a nova política a permite “competir de forma mais eficiente”, na prática, ela dá maior liberdade para a fixação de preços segundo critérios muito amplos.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 102,6 pontos, avanço de +0,2% em relação ao fechamento de segunda-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se desvalorizaram perante a divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,490 pontos, variação de -0,5% ante à véspera.
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