Abertura de Câmbio

Câmbio abre a sexta estável, cotado ao redor de R$ 4,96
 
Leonel Oliveira Mattos
Alan Lima
Vitor Andrioli
Dólar reflete IBC-Br e fala de autoridades

A taxa de câmbio oscilava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta sexta-feira (19). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 4,96, recuo de 0,2% frente ao término de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,1 pontos, variação de -0,4% ante à véspera. O mercado de divisas repercute à divulgação de que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou menos que o esperado em março, sinalizando uma maior resiliência da atividade econômica brasileira mesmo com os impactos de um aperto monetário mais restritivo. Adicionalmente, investidores acompanharão a fala de diversas autoridades econômicas no Brasil e no mundo com potencial de influenciar o mercado de ativos, com destaque para os presidentes dos Bancos Centrais do Brasil, dos Estados Unidos e da Europa e do ministro da Fazenda brasileiro. Na agenda do dia, o presidente do Federal Reserve (Fed) de New York, John Williams, discursa às 09h45min, a membra do Conselho de Governadores do Fed, Michelle Bowman, discursa às 10h00min, o presidente do Fed, Jerome Powell, palestra às 12h00min, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discursam às 14h00min, a presidenta do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, palestra às 16h00min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 16h30min.

IBC-Br em março O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta sexta-feira, com investidores repercutindo divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador, considerado uma prévia do PIB brasileiro, apresentou uma queda de 0,15% em março, um recuo menor que o previsto pela mediana das estimativas, a qual apontava um declínio de 0,3% no mês. Em fevereiro, o índice havia marcado um avanço mensal de 3,32% da atividade econômica no Brasil. Assim, o resultado do primeiro trimestre de 2023 para o IBC-Br foi de um avanço de 3,87% no comparativo com o mesmo período no ano anterior. Tais dados reforçam a leitura indicada pelos resultados do varejo divulgados na última quarta pelo IBGE, os quais mostravam um crescimento para o setor varejista no mês de março e uma economia ainda aquecida no país, de modo que, considerando a relação entre nível de preços e atividade econômica, a atuação do Banco Central no controle do avanço inflacionário continua com resultados contidos, mesmo após meses sob a prática de um aperto monetário com a taxa Selic a 13,75% ao ano. 

Declarações de autoridades Ao longo da sexta-feira, os investidores devem se atentar à participação de diversas autoridades em eventos, sempre com o potencial de falas importantes relacionadas a aspectos da política econômica nacional e estrangeira que impactem os mercados de ativos. No exterior, Powell conversa com o ex-presidente do Fed, Ben Bernanke, a respeito da política monetária americana, enquanto Lagarde faz uma análise do cenário econômico europeu. No Brasil, Haddad e Campos Neto participam de um mesmo evento em um momento de tensões entre o Palácio do Planalto e a autoridade monetária por conta da trajetória dos juros nos Brasil. Ao passo que o Banco Central reforça a necessidade de manter a taxa básica de juros em níveis elevados para reduzir as pressões de preço no país, o governo federal tem criticado a sua postura como excessivamente cautelosa e desnecessariamente austera com o crescimento econômico brasileiro.
 

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS

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Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.
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