O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (26). No momento da publicação deste texto (09h00min), ele era negociado ao redor de R$ 5,01, variação de -0,5% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,9 pontos, recuo de 0,3% frente ao término de quinta-feira. O mercado de divisas repercute o progresso aparente nas negociações a respeito da elevação do teto da dívida pública nos EUA nesta quinta-feira, que ajudou a reduzir a reduzir a aversão aos riscos no ambiente de negócios. Por outro lado, a leitura acima do esperado para o Índice de Preços de Despesas para Consumo Pessoal (PCE) elevou as expectativas de que os juros nos Estados Unidos se manterão mais elevados por mais tempo, fortalecendo o dólar globalmente. Na agenda do dia, o Banco Central informou as estatísticas do Setor Externo de abril, às 08h30min, o Departamento do Censo informou os pedidos de bens duráveis de abril, às 09h30min, a Universidade de Michigan informa o Índice de Confiança do Consumidor americano de maio, às 11h00min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 16h30min.
Progresso aparente O dólar negociado no mercado interbancário operava em baixa na manhã desta sexta-feira, refletindo o progresso aparente nas conversas entre os negociadores do presidente democrata, Joe Biden, e do líder republicano da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, que contribuem para recuperar o apetite por risco em uma semana marcada pela busca por ativos de qualidade. Segundo reportagens da mídia especializada, as partes estão próximas de firmar um acordo que expande o limite de endividamento por dois anos ao mesmo tempo que impõe um limite de gastos na maior parte das despesas públicas do país. Embora as fontes ainda alertem que restam detalhes a serem resolvidos, o fato de haver progresso já bastou para melhorar o humor dos investidores e impulsionar o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, tal como o real.
PCE de abril Os investidores também repercutem a divulgação do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de abril, conhecido por ser o indicador mais usado pelo Federal Reserve (Fed) para acompanhar inflação no país. O índice de abril ficou em 0,4% ante março e 4,4% no comparativo anual, ambos ligeiramente acima das medianas das estimativas, as quais eram 0,3% e 4,3% respectivamente. O núcleo do indicador, que exclui as voláteis categorias de alimentação e energia, também ficou ligeiramente acima do esperado, com uma alta mensal de 0,4%, ante projeção mediana de 0,3%, e aumento anual de 4,7%, ante projeção mediana de 4,6%. Ainda nesta semana, o Fed divulgou a ata da última decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), a qual mostra que membros do comitê entendem que há espaço para uma pausa no ciclo de alta implementado pela autarquia, o que pode ocorrer já na próxima reunião do FOMC, prevista para ocorrer nos dias 13 e 14 de junho. O documento mostra também que, apesar da leitura menos rígida das autoridades, os membros do comitê mantêm-se atentos à trajetória da inflação, de modo que voltarão sua atenção aos dados econômicos das próximas semanas. Nesse sentido, a divulgação do PCE pouco acima do esperado é um ponto de alerta para a autarquia e que deve ser considerada em seu balanço de riscos.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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