O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta sexta-feira (16). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,83, variação de +0,6% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,1 pontos, recuo de 0,1% em relação ao fechamento de quinta-feira. Em um dia de agenda esvaziada, o mercado de divisas repercute a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de abril acima das estimativas de analistas, reforçando as interpretações de que a economia brasileira está desempenhando acima do esperado. Adicionalmente, investidores voltam suas atenções para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima quarta-feira (21) após a sequência de decisões de bancos centrais internacionais desta semana. Na agenda do dia, o membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve, Christopher Waller, discursou às 08h45min, a Universidade de Michigan divulga a prévia do Índice de Confiança do consumidor americano de junho, às 11h00min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 16h30min.
Decisões de bancos centrais O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta sexta-feira após decisões de política monetária de bancos centrais ao redor do globo. Nesta semana, o Federal Reserve e o Banco do Japão decidiram pela manutenção de suas taxas de juros, ao passo que o Banco Central Europeu aumentou sua taxa básica em 25 pontos-base, sinalizando que mais aumentos ocorreriam nas decisões de política monetária seguintes. Dessa forma, o euro se fortaleceu substancialmente nos últimos dias frente a outras divisas como o dólar e o iene, com o BCE sendo o único a apresentar um discurso mais incisivo quanto ao futuro da trajetória de sua taxa de juros, que devem ser elevados novamente já na reunião do próximo mês. Nesse sentido, os investidores brasileiros aguardam a decisão de política monetária do Banco Central do Brasil da próxima quarta (21) após divulgação do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) indicar deflação de 2,20% em junho, queda maior que a mediana das estimativas.
IBC-Br amplia otimismo dos investidores Como fator de elevação do apetite por risco dos investidores, nesta manhã o Banco Central publicou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). Considerado uma prévia do PIB brasileiro, o indicador mostra um avanço de 0,56% da atividade econômica do país em abril, contra a queda de 0,15% observada anteriormente em março. O resultado para o mês ficou acima do esperado pelos agentes, que projetavam um avanço de 0,20%. No comparativo anual, o indicador registrou um alta de 3,31% em relação a abril de 2022. Adicionalmente, somado a outros dados positivos da economia brasileira divulgados recentemente, como o PIB do 1º trimestre e o IPCA do mês de maio, outro fator de otimismo para os agentes em relação aos ativos brasileiros é a implementação do novo arcabouço fiscal, que deve ajudar a estabilizar a trajetória da dívida pública brasileira e melhorar os indicadores fiscais do governo, de modo que ajuda o real a realizar ganhos no curto prazo.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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