A taxa de câmbio se manteve em elevação ao longo de toda esta quarta-feira (05), encerrando a sessão negociada a R$ 4,852, variação de +0,2% ante à véspera. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 103,4 pontos, alta de 0,3% frente ao término de terça-feira. O mercado de divisas repercutiu a contínua dificuldade da Câmara dos Deputados em avançar com as pautas econômicas importantes, sem conseguir aprovar o projeto de lei do Conselho Administrativo sobre Recursos Fiscais (Carf) por três dias consecutivos. No exterior, a moeda americana se fortaleceu após a ata da última decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve mostrar que membros do Comitê defenderam aumento de juros em junho.
Variações | No dia: +0,24% | Na semana: +1,31% | No mês: +1,31% | No ano: -8,11% | Em 12 meses: -9,98% |
Impasse na Câmara O dólar negociado no mercado interbancário fechou a quarta-feira em alta pelo terceiro dia consecutivo, refletindo a dificuldade da Câmara dos Deputados em avançar na apreciação de pautas econômicas. Diversas discordâncias a respeito do texto do relator do projeto de lei do Carf, deputado Beto Pereira (PSDB-MS), gerou insatisfações e resistência entre os parlamentares, especialmente pela inclusão imprevista de uma medida para refinanciamento de dívidas tributárias. Como o projeto está em regime de urgência, nenhuma votação pode ocorrer até que ele seja apreciado em Plenário. Para tentar resolver o impasse, o Palácio do Planalto liberou emendas parlamentares em um valor recorde na terça-feira (04), empenhando R$ 2,1 bilhões em um só dia. Ainda assim, até o encerramento do pregão, ainda não havia previsão de votação para a proposta. Há dúvidas entre investidores da capacidade de articulação entre o governo e Lira para conseguir os votos necessários para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma tributária, que exige duas rodadas com mais de 66% dos votos (308), em função da dificuldade para a aprovação de um projeto de lei, que exige apenas um turno em maioria simples (257 votos).
Ata do FOMC No exterior, a moeda americana se fortaleceu após a ata do FOMC mostrar que parte dos membros do Comitê desejavam elevar os juros na decisão de junho, citando o lento progresso na diminuição das pressões no núcleo de preços (que exclui componentes voláteis, como alimentação e energia). Apesar de terem optado, unanimemente, por interromper o ciclo de alta de juros, o documento mostra que houve divergência nas discussões e que nem todos acreditavam que esta era a decisão mais apropriada para a conjuntura enfrentada. Com isso, os investidores acreditam que a probabilidade de um reajuste na próxima reunião, na última semana de julho, é praticamente certo.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 103,4 pontos, alta de 0,3% frente ao término de terça-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano e o rublo russo se valorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 48,810 pontos, variação de -0,3% ante à véspera.
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