O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (07). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,89, variação de -0,8% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,9 pontos, recuo de 0,1% frente ao término de quinta-feira. O mercado de divisas repercute a divulgação do Relatório da Situação de Emprego para os Estados Unidos, que mostrou a criação de empregos abaixo do estimado para o mês de junho. Adicionalmente, contribui para o fortalecimento do real a aprovação em dois turnos pela Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda da Constituição da reforma tributária (PEC 45/2019) na noite de ontem, restando a análise dos destaques ao texto para a sessão de hoje.
Payroll nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta sexta-feira, enfraquecido pela divulgação de resultado abaixo do esperado para o mercado de trabalho estadunidense. De acordo com o relatório de situação de emprego (payroll), divulgado esta manhã pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos, forma criadas 209 mil novas vagas de trabalho no último mês, total abaixo da mediana das estimativas, que previa um aumento de 213 mil novos postos. Considerando o aumento de 306 mil novos empregos em maio, o resultado para junho mostra uma desaceleração do mercado de trabalho, o que pode indicar que o mercado de trabalho americano dá sinais de um início de arrefecimento. Contudo, observa-se que a taxa de desemprego caiu ligeiramente, de 3,7% para 3,6%, e a remuneração média por hora trabalhada apresentou um discreto aumento, de modo que os dados até o momento apresentam ambiguidade nos sinais que dão sobre a efetividade do aperto monetário implementado pelo Federal Reserve. Apesar de tal ambiguidade, o relatório aliviou as expectativas dos investidores após a surpresa com o relatório de empregos do setor privado da ADP divulgado ontem, o qual indicava a criação de 497 mil postos no último mês.
Reforma tributária avança Adicionalmente, contribui para o fortalecimento do real frente ao dólar a aprovação em dois turnos na Câmara da proposta de emenda à constituição da reforma tributária. O texto que propõe a união do PIS, COFINS, ICMS, ISS e IPI em três novos impostos foi aprovado com 382 votos no primeiro turno e 375 no segundo. No novo modelo, os tributos antigos seriam substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de coordenação municipal e estadual; a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida a nível federal; e um Imposto Seletivo (IS), sobre produtos prejudiciais ao bem-estar da sociedade. Agora, a PEC vai para o Senado para ser votada novamente em dois turnos, o que deve ocorrer somente após o período de recesso do Congresso. A aprovação da reforma tributária na Câmara é uma vitória relevante para o governo, uma vez que o projeto pretende aumentar a competitividade fiscal do país e tem potencial para atrair investimentos estrangeiros, o que contribui para o fortalecimento do real frente a outras divisas.
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