O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta terça-feira (11). No momento da publicação deste texto (11h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,90, variação de +0,4% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,9 pontos, praticamente estável frente ao término de segunda-feira. O mercado de divisas repercute a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, que registrou deflação de 0,08%. Dessa forma, o acumulado em 12 meses se reduziu para 3,16%. Adicionalmente, investidores reagem à declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que espera que o Senado Federal “d[ê] uma limada” no texto da reforma tributária para remover exceções adicionadas pela Câmara dos Deputados “pouco debatidas”. Na agenda do dia, o presidente do Federal Reserve (Fed) de St. Louis, James Bullard, palestra às 10h00min.
Deflação no IPCA O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta terça-feira, embora o IPCA tenha registrado deflação em junho, a primeira desde setembro de 2022. O índice recuou 0,08%, em linha com as estimativas, influenciado principalmente pela queda dos preços de Alimentação e bebidas e de Transportes (combustíveis). Apesar do decréscimo do índice geral, chamou a atenção o aumento de 0,62% dos preços de serviços, que, ultimamente, tem sido mais resilientes e resistido à tendência geral de desinflação. Ainda assim, a leitura de analistas é de que o indicador reforça a percepção de que o Banco Central possui um quadro macroeconômico mais benigno e deve iniciar os cortes à taxa básica de juros (Selic) em sua próxima decisão de política monetária, em 02 de agosto.
Críticas à reforma tributária Investidores reagem, também, às declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que veladamente criticaram o processo de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição da reforma tributária (PEC 45/2019) na Câmara dos Deputados. Em conversa com jornalistas, Haddad disse esperar que o Senado Federal “tem um papel de dar uma limada no texto [da PEC] (...), justamente deixar mais redondo, mais leve, com menos exceções”. Quando questionado a respeito de quais alterações que o Senado poderia realizar, o ministro complementou que a Casa Alta deveria modificar apenas as “inovações de última hora, [que] geram uma preocupação maior porque foram pouco debatidas”. A fala se alinha com a declaração do líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), que sugeriu o “fatiamento” da PEC, votando inicialmente um texto com o qual há consenso, para promulgação mais rápida, para, então, se trabalhar os pontos de divergência com a Câmara.
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