Após abrir a manhã em alta, o par real/dólar firmou trajetória de queda ao longo desta terça-feira (11) até encerrar a sessão negociado a R$ 4,862, recuo de 0,4% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 101,7 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, que registrou a primeira deflação desde setembro do ano passado, porém com uma alta ainda elevada dos preços de serviços. Adicionalmente, investidores acompanharam declarações do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a tramitação da reforma tributária, que acredita em sua aprovação até o final de setembro.
Variações | No dia: -0,43% | Na semana: -0,06% | No mês: +1,52% | No ano: -7,92% | Em 12 meses: -9,48% |
Deflação no IPCA O dólar negociado no mercado interbancário chegou a abrir o pregão em alta, porém cedeu e recuou até o território negativo nesta terça-feira de poucos eventos e fraqueza global da moeda americana. O enfraquecimento do real no começo da sessão ocorreu mesmo diante de uma deflação do IPCA de junho, a primeira desde setembro do ano passado, com uma variação de -0,08%. Assim, o acumulado em 12 meses ficou em 3,16%, o menor valor desde julho de 2021. O índice de difusão (medida de quantos produtos encareceram dentre os pesquisados pelo IPCA) ficou abaixo de 50% pela primeira vez desde maio de 2020. Tais dados sugerem a leitura de um quadro inflacionário mais benigno e que abre espaço imediato para que o Banco Central inicie cortes à taxa básica de juros (Selic) em sua próxima decisão de política monetária, em 02 de agosto. Contudo, um fator de preocupação foi o aumento de 0,62% dos preços de serviços, que, ultimamente, tem sido mais resilientes e resistido à tendência geral de desinflação.
Tramitação da reforma tributária Investidores reagiram, também, a declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, sobre a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição da reforma tributária (PEC 45/2019). Em conversa com jornalistas, Haddad disse esperar que o Senado Federal “tem um papel de dar uma limada no texto [da PEC] (...), justamente deixar mais redondo, mais leve, com menos exceções”. Quando questionado a respeito de quais alterações que o Senado poderia realizar, o ministro complementou que a Casa Alta deveria modificar apenas as “inovações de última hora, [que] geram uma preocupação maior porque foram pouco debatidas”. Já Rodrigo Pacheco destacou que não há nenhuma intenção de “fatiar” a reforma (isto é, votar trechos de seu texto separadamente) e que acredita que ela deva ser aprovada no Plenário até o final de setembro.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 101,7 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano e o rublo russo se desvalorizaram em relação à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 48,901 pontos, alta de 0,2% frente ao término de segunda-feira.
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