A taxa de câmbio apresentava tendência de queda nas primeiras operações desta quarta-feira (12). No momento da publicação deste texto (10h00min), ela era negociada ao redor de R$ 4,82, recuo de 1,4% frente ao término de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,2 pontos, variação de -0,4% ante a véspera. O mercado de divisas repercute a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de junho nos Estados Unidos mais brando que o antecipado, reforçando a percepção de que o ciclo de alta de juros no Federal Reserve (Fed) está próximo do fim e desvalorizando globalmente o dólar. Adicionalmente, contribui para o fortalecimento do real a divulgação de que o setor de serviços no Brasil cresceu acima do estimado em maio, demonstrando resiliência e dinamismo da atividade econômica no país. Na agenda do dia, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, palestra às 10h45min, o Banco Central do Canadá informa sua decisão de política monetária às 11h00min, o Banco Central atualiza o fluxo cambial semanal às 14h30min, o Fed divulga o livro bege às 15h00min, e a presidenta do Fed de Cleveland, Loretta Mester, discursa às 17h00min,
Desaceleração do CPI americano O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta quarta-feira, pressionado pelas expectativas dos investidores de que o ciclo de altas do Federal Reserve está próximo de seu fim após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) abaixo da mediana das estimativas. De acordo com dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos (DOL), o CPI em junho desacelerou mais que o previsto, sinalizando um avanço de 0,2% no comparativo mensal contra o valor esperado de 0,3%. Para o índice acumulado de 12 meses, houve uma perda do ritmo em relação ao mês anterior, passando de 4,0% em maio para 3,0% em junho. O núcleo da inflação, que em maio teve alta de 0,4%, também ficou abaixo das expectativas e veio em 0,2%, o que reforça as leituras de menores pressões inflacionárias na economia americana. Apesar de que os novos dados dificilmente mudem a próxima decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, os investidores entendem que o aperto monetário praticado pela autarquia está próximo de seu fim e que os juros não devem atingir patamares tão altos quanto esperados anteriormente. Nesse sentido, amplia-se a percepção de que não seria mais tão atrativo investir em títulos denominados em dólar, o que enfraquece globalmente a moeda americana frente a outras divisas.
Alta dos serviços no Brasil Contribui para o fortalecimento do real, também, a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a qual indica crescimento de 0,9% do setor em maio. Dos cinco grupos de atividades estudados pela pesquisa, quatro tiveram alta no mês, com destaque para o grupo de serviços de transportes, armazenagem e correio, com alta de 2,2%, impulsionado pelo bom desempenho do setor agrícola com a safra recorde de grão. Na divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)em junho, observou-se uma maior resistência da inflação do setor de serviços, o qual apresentou avanço de 0,62%. Assim, o setor com 70% de participação no PIB brasileiro mostra dinamismo e resiliência, de forma que contribui para o fortalecimento da moeda brasileira em relação ao dólar.
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