O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta terça-feira (25). No momento da publicação deste texto (10h00min), ele era negociado ao redor de R$ 4,74, alta de 0,2% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,5 pontos, variação de +0,1% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de julho em -0,07%, primeira deflação desde setembro do ano passado. O dado amplia as expectativas de corte para a taxa básica de juros (Selic) na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana que vem. Adicionalmente, investidores ressoam a publicação do Boletim Focus da semana, adiado de ontem para hoje, e que mantém a sequência de revisões favoráveis para as principais variáveis macroeconômicas no país. Na agenda do dia, a Receita Federal comunica a arrecadação federal de junho às 10h30min, o instituto Conference Board informa o Índice de Confiança do consumidor americano às 11h00min, e o Federal Reserve de Richmond publica seu índice regional de atividade industrial às 11h00min.
Deflação no IPCA-15 O dólar negociado no mercado interbancário operava em elevação na manhã desta terça-feira, após o IPCA-15 apontar deflação de -0,07% para o mês de julho, ligeiramente abaixo da mediana das estimativas, de -0,03%. O indicador acumula alta de 3,09% no ano e de 3,19% em 12 meses. O dado deve reforçar as interpretações de que o Banco Central irá iniciar seu ciclo de reduções à taxa Selic na próxima decisão do Copom, na semana que vem. Os principais responsáveis para a queda no índice inflacionário foram o recuo nos preços de energia elétrica (-3,45%), de botijão de gás (-2,10%) e do grupo de Alimentação e bebidas (-0,72%). Já Transportes, que nos outros meses vinha contribuindo para o abrandamento da inflação ao consumidor, teve alta de 0,63%, em função do aumento de 2,99% nos preços da gasolina, que mais que compensaram as baixas nos preços de óleo diesel (-3,48%) e de etanol (-0,70%).
Projeções favoráveis O Boletim Focus desta semana manteve a sequência de revisões favoráveis para as projeções das principais variáveis macroeconômicas brasileiras. A taxa anual esperada para a inflação passou de 4,95% para 4,90%, e a estimativa de 2024 se reduziu de 3,92% para 3,90%. A taxa de câmbio esperada para o final de 2023 também se reduziu, de R$ 5,00 para R$ 4,97, enquanto as projeções para o Produto Interno Bruto para 2025 e 2026 foram aumentadas, respectivamente, de 4,88% para 1,90% e de 1,90% para 2,00%. Embora a magnitude das revisões esteja se suavizando, as projeções demonstram um otimismo dos investidores com o ambiente de negócios brasileiro e que se reflete em um desempenho superior dos ativos locais.
Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.
É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.
© 2024 StoneX Group, Inc.